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A região de Lisboa e Vale do Tejo regista 335 (91,5%) dos 366 novos casos (maior número desde 8 de maio) confirmados de infeção pelo novo coronavírus em Portugal. Ao todo, a contagem é de 1.447 mortes (mais 11 que na terça-feira) e 33.261 casos (aumento de 1,1%), de acordo com o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O relatório desta quarta-feira, com dados atualizados até às 00h00 de terça, mostra uma subida de 210 no número de recuperados, para um total de 20.079. O número de casos ativos sobe para 11.735 (mais 145).
A taxa de letalidade mantém-se nos 4,4% (17,2% acima dos 70 anos).
Desde o dia 1 de janeiro, registaram-se 331.094 casos suspeitos. O relatório revela, ainda, que 1.944 casos ainda aguardam os resultados dos testes laboratoriais e mais de 28 mil pessoas estão sob vigilância das autoridades sanitárias.
A propósito da concentração de casos na região de Lisboa e Vale do Tejo, o secretário de Estado da Saúde adiantou que cerca de seis mil trabalhadores serão testados à Covid-19, esta quarta-feira.
"Há um plano de testagem em empresas da Grande Lisboa, a maioria na Azambuja. Até ao momento, foram feitas mais de 3.800 colheitas. Do universo de 18.100 trabalhadores, cerca 6.000 vão ser testados hoje", informou António Lacerda Sales, na conferência de imprensa.
A região Norte é a que regista o maior número de mortos (796), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (380), da região Centro (240), do Algarve (15) e do Alentejo, com um morto. O boletim dá conta de 15 óbitos nos Açores. O arquipélago da Madeira continua sem registo de mortes por Covid-19.
É nos 80 anos para cima que se registam mais óbitos (975), seguido do grupo dos 70 aos 79 anos (278), dos 60 aos 69 anos (128), dos 50 aos 59 anos (46), dos 40 aos 49 anos (17), dos 20 aos 29 anos (2) e dos 30 aos 39 anos, com um óbito.
No total, morreram 735 mulheres e 712 homens com Covid-19.
Um dos instrumentos mais importantes no combate à doença provocado pelo novo coronavírus é o ventilador, usado em situações de cuidados intensivos. Portugal vai receber mais 443 unidades desse equipamento nos próximos dias, de acordo com o secretário de Estado.
Foi encomendado um total de 1.151 aparelhos, o que permitirá duplicar a "capacidade de ventilação para doentes em cuidados intensivos" no Serviço Nacional de Saúde. "Não temos ventiladores perdidos, como não perdemos o rumo no combate a esta pandemia", rematou Lacerda Sales.
O Norte concentra a maior parte dos casos confirmados, com 16.760 (cerca de 50,52%). Seguem-se Lisboa e Vale do Tejo (11.828 - mais 335, o que representa 91,5% dos novos casos desta quarta-feira, como referido), Centro (3.765), Algarve (376), Alentejo (260), Açores (138) e Madeira (90 - número que não muda desde 7 de maio).
Ao todo, há 227 concelhos com, pelo menos, três casos confirmados do novo coronavírus. Sintra (+45), Lisboa (+39), Loures (+25), Amadora (+25), Odivelas (+21), Cascais (+14) e Vila Franca de Xira (+14) são os concelhos com maior aumento no número de infetados nas últimas 24 horas, segundo o boletim da DGS. Lisboa ocupa o topo da tabela dos casos confirmados, com um total 2.486.
A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 40 aos 49 anos (5.576), seguida dos 50 aos 59 anos (5.455), dos 30 aos 39 anos (5.051), dos 80 anos para cima (4.615), dos 20 aos 29 anos (4.451), dos 60 aos 69 anos (3.600), dos 70 aos 79 anos (2.649), dos 10 aos 19 anos (1.140) e até aos nove anos (724).
Globalmente, há em Portugal 19.070 mulheres e 14.191 homens infetados.
Segundo a DGS, 39% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 29% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 11% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 91% dos casos confirmados.
Cerca de 34% dos doentes são tratados no domicílio, conforme revelou o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales. Em internamento, estão 428 (1,3%) dos pacientes (menos quatro pessoas que no dia anterior): 56 (0,2%) em unidades de cuidados intensivos (menos duas) e 1,1% em enfermaria.
Esta quarta-feira, é retomada a I Liga de futebol, com o Portimonense-Gil Vicente e o Famalicão-FC Porto. Na opinião da diretora-geral da Saúde, o regresso do futebol é o dia "da grande prova de cidadania".
"Está nas mãos de todos que a jornada corra de forma tranquila e sem riscos para a saúde pública para continuarmos a ter os jogos e o campeonato", sublinhou Graça Freitas, na mesma conferência de imprensa.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 6,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 380 mil, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos. Dos casos de infeção, mais de 2,7 milhões tiveram alta.
Os EUA são o país com mais óbitos (106.181), seguidos de Reino Unido (39.452), Itália (33.530), Brasil (31.199), França (28.943) e Espanha (27.127).
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras. Portugal esteve em estado de emergência entre 19 de março e 2 de maio. Portugal encontra-se, agora, na terceira fase de desconfinamento.
Número de novos casos por dia:
Evolução diária de casos, óbitos e recuperados: