O Papa Francisco condenou o assassinato do candidato presidencial do Equador, Fernando Villavicencio, e, "com todas as suas forças", apelou ao fim da violência política no país sul americano. Francisco disse que reza pela família de Villavicencio e pelo "amado povo do Equador".
Além disso, o Papa pediu a todos os cidadãos e às forças políticas que se unam num "esforço conjunto pela paz" no país, que está sob "violência injustificável".
A mensagem de Francisco foi transmitida através de um telegrama assinado pelo secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, endereçado ao arcebispo de Quito, capital do Equador, Dom Alfredo José Espinoza Mateus.
O homicídio aconteceu no final do seu comício eleitoral, na passada quarta-feira à tarde, no Coliseu, em Quito.
Os bispos do Equador já expressaram "profunda solidariedade" com a família de Fernando Villavicencio, condenando, à imagem do Papa Francisco, "todas as formas de violência desencadeadas em diferentes níveis da sociedade".
Antes da candidatura à presidência, Villavicencio, de 59 anos, foi jornalista. Como candidato presidencial, era defensor de causas indígenas e trabalhistas e vocal contra a corrupção e o poder de gangs e dos cartéis. O seu assassinato foi reinvindicado pelo crime organizado local. As eleições estão marcadas para 20 de agosto, domingo.
O Equador fechou 2022 com a maior taxa de mortes violentas da história, registando 25,32 por 100.000 habitantes, a grande maioria associada, segundo o Governo, ao crime organizado e ao tráfico de droga, que ganhou força na costa e transformou os portos em pontos de saída para a cocaína que chega à Europa e à América do Norte.
O Papa Francisco visitou o Equador em 2015, durante uma das primeiras visitas do seu pontificado.
Seis pessoas foram detidas em relação com o crime.