O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, responsabiliza o Irão pelo ataque desta quinta-feira a dois petroleiros no golfo do Omã, junto ao estratégico estreito de Ormuz.
“É a avaliação do governo dos Estados Unidos que a República Islâmica do Irão é responsável pelos ataques ocorridos hoje no golfo de Omã”, disse Mike Pompeo numa declaração aos jornalistas.
O chefe da diplomacia norte-americana não apresentou provas concretas para suportar a acusação contra o governo de Teerão.
Pompeo disse que a posição de Washington é baseada em informações dos serviços secretos, no tipo de armas utilizadas, no nível de especialização necessário para executar a operação e nos “recentes ataques iranianos idênticos contra navios”.
O secretário de Estado também apontou o facto de que nenhum grupo a operar na região dispõe dos recursos para agir com um “grau tão elevado de sofisticação”.
Os ataques desta quinta-feira não foram reivindicados. O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif, já afirmou que os incidentes são "suspeitos" e lançou um apelo ao diálogo entre os países da região.
Os Estados Unidos também já tinham acusado o Irão de ser responsável por ataques registados a 12 de maio contra a quatro petroleiros, na mesma zona, uma rota vital para negócio do petróleo a nível mundial.
O conselho de segurança das Nações Unidas convocou uma reunião de emergência para analisar a situação. O secretário-geral da ONU já condenou o atentado. António Guterres alerta para as consequências de um confronto na região do Golfo e apela ao apuramento de responsabilidades.
O preço do petróleo nos mercados internacionais disparou 4% na reação às explosões registadas nos navios com bandeira do Japão e da Noruega.