Em vésperas de uma decisão de Bruxelas sobre as sanções por incumprimento de défice excessivo, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu os governos de Passos Coelho e de António Costa. O Presidente da República disse que eventuais sanções de Bruxelas são “injustas”.
“O Orçamento, largamente executado pelo governo Passos Coelho, ultrapassou em 0,2% os 3%. Qualquer pessoa de bom senso perceberá que se há governo que teve a preocupação de acompanhar o que a Europa queria foi o de Passos Coelho. Por isso, é uma injustiça estar a punir por causa de um cálculo discutível um país que tudo fez para sair da crise”, conclui Marcelo.
Marcelo estendeu a análise a António Costa defendendo que o primeiro-ministro merece o benefício da dúvida e alerta para os perigos que um hipotética decisão de aplicação de sanções a Portugal tem para a construção europeia.
“Na pior das hipóteses ainda não merece, e na melhor das hipóteses nunca merecerá. O estar a aplicar uma sanção misturando os dois [Passos e Costa] em pacote para dar um sinal a países mais ricos não me parece uma maneira inteligente de construir a Europa para mim que sou europeísta”, concluiu
Para o Presidente da República estar a pensar num “plano a, b ou c” para a eventualidade de aplicação de sanções é estar a especular e a provocar os mercados.