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O presidente do PSD afirmou esta sexta-feira que a AD irá assegurar estabilidade, ganhando só por um voto ou meio milhão, pela sua capacidade de união, e alegou que o PS se vencer irá dividir o país.
O hino da campanha animou o Campo Pequeno, que recebeu o último comício da campanha da coligação entre PSD, CDS e PPM, e esperou quase uma hora e meia pelos discursos. Luís Montenegro repetiu as ideias principais que tem para o país e fez o balanço da campanha.
"Nós não enganamos ninguém. Nós não precisamos de fazer uma campanha a lançar medo sobre os outros", atestou o líder da Aliança Democrática. Mas Montenegro pediu atenção ao partido em quem se vota este domingo.
"A decisão de domingo vai ter reflexos nas próximas décadas. Se nós não invertermos o rumo do país, nós só podemos esperar nos próximos anos resultados ainda piores que aqueles que temos hoje", avisou o presidente dos sociais-democratas.
"Pode alguém com esta cultura de divisão dar estabilidade às pessoas, dar estabilidade à sociedade, dar estabilidade a quem quer apostar em Portugal?", questionou Luís Montenegro, referindo-se ao PS.
Segundo o presidente do PSD, a AD quer formar "um Governo que possa emergir da vontade do povo" para "unir Portugal" e "o principal da estabilidade está aí, o principal da governabilidade está aí".
"Um Governo que, com essa legitimação, possa unir todos os setores da sociedade, todo o território português, todas as pessoas, de todas as condições, um Governo que faça isso já está a garantir a estabilidade - independentemente de ganhar por um, por dez, por cem, por mil, por dez mil, por cem mil ou por meio milhão", considerou.
"Não se preocupem. Em primeiro lugar, a estabilidade vai-nos ser facultada pelo povo português. E em segundo lugar, vamos ser nós com o nosso desempenho que a vamos assegurar", reforçou.
Luís Montenegro afirmou que é preciso "virar a página" - usando uma expressão do PS -, sublinhando que "desta vez não é para simular a viragem da página para depois tudo continuar na mesma".
O presidente do PSD contestou a ideia de que os governos do PS "viraram a página da austeridade", interrogando: "Impostos máximos, serviços públicos mínimos, o que é que pode ser mais austero do que isto? Ter um rendimento por habitante que já não tem comparação a não ser mesmo nos últimos lugares da tabela da Europa, o que é que pode ser mais austero do que isto?".
O líder da AD explicou que tem apenas um único desejo: "É olhar para cada pessoa e sentir que ela é feliz, é isso que eu quero, a felicidade de cada um".
O presidente do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, ausente em toda a campanha nacional da AD, também não esteve neste comício. Antes de Luís Montenegro, discursaram no palco do Campo Pequeno o presidente do CDS-PP, Nuno Melo, e o autarca do PSD Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Carlos Moedas alegou que "o PS tem medo da democracia" e da "alternância democrática", enquanto Nuno Melo lamentou o fim da campanha.
"E pronto, a campanha basicamente acabou, temos pena. Agora que estava a correr bem", disse o líder do CDS.
Cerca de 670 cadeiras foram dispostas no Campo Pequeno para apoiantes, a que se somam cerca de 2.700 lugares nas bancadas, que foram enchendo até perto das 19h00, mas não ficaram totalmente ocupados.