O presidente do Conselho Económico e Social, Francisco Assis, apelou, esta terça-feira, aos partidos para não elevarem o tom da discussão eleitoral, por forma a não inviabilizarem os “entendimentos” que considera serem essenciais após as legislativas de janeiro.
Em Barcelos, num Encontro Fora da Caixa, Assis sublinhou que uma das condições essenciais para o crescimento é haver “alguma estabilidade institucional”.
“Era bom que os partidos políticos se concentrassem agora e apresentassem ao país as suas propostas com clareza, a sua diversidade, não elevando o tom da discussão ao ponto de depois não se poderem entender uns com os outros, porque vai ser essencial haver entendimentos, sobretudo entre os partidos estruturantes da democracia portuguesa”, referiu.
Para Francisco Assis, é fundamental haver “alguns compromissos mínimos”, desde logo para melhorar a qualidade das instituições em Portugal, com um “esforço grande de despartidarização das nomeações” para a máquina do Estado.
“As pessoas têm a noção de há um Estado que funciona mal porque muitas vezes é um estado clientelar, quase no limite do nepotismo”, criticou, para defender a necessidade de se apostar no mérito.
Para o presidente do CES, o crescimento da economia é um dos “grandes problemas” que Portugal enfrenta.
“Portugal tem tido um crescimento pouco significativo, se comparado com aquilo que são as nossas necessidades”, afirmou.
Um problema que, reiterou, só se combate com alguns compromissos entre os principais agentes políticos, económicos e sociais.
“Não digo que temos de estar todos de acordo, mas alguns compromissos mínimos”, disse ainda.