A reparação da conduta de água, que rebentou esta quinta-feira em Lisboa, pode demorar vários dias, disse à Renascença fonte da Câmara de Lisboa.
A ruptura aconteceu entre as avenidas João XXI e Defensor de Chaves, obrigou ao corte do trânsito e provocou inundações e estragos em, pelo menos, sete estabelecimentos comerciais.
“A EPAL já está em obra, no cruzamento da Avenida Defensor de Chaves com a Avenida João XXI, e é uma obra que vai demorar alguns dias. O abastecimento de água já está reposto, à exceção de dois edifícios da Avenida Defensor de Chaves”, disse à Renascença Margarida Castro Martins, da divisão de proteção civil da Câmara de Lisboa.
“Os restantes condicionamentos ficarão eliminados quando ficarem concluídas as limpezas da via. Neste momento, a higiene urbana e os Regime Sapadores Bombeiros estão a proceder à limpeza da via, porque a conduta levantou muitos detritos e não permite a circulação até que terminem os trabalhos de limpeza”, refere Margarida Castro Martins.
A Câmara de Lisboa ainda não tem dados sobre danos provocados pela inundação, mas os Sapadores falam em, pelo menos, sete lojas afetadas.
“Há registo de alguns danos por água através da Avenida da República. Algumas lojas situadas no centro comercial sofreram danos, nomeadamente uma sapataria e uma loja de vestuário, bem como nos pavimentos de madeira em algumas lojas", disse aos jornalistas o subchefe principal do Regimento Sapadores de Lisboa, José Marques.
"No total, há registo de danos em sete lojas. Seis nas galerias do Centro Comercial do Campo Pequeno e numa loja nas imediações da ruptura, situada na Avenida Defensores de Chaves”, adiantou a mesma fonte.
Edna Santos, trabalhadora num espaço de estética afetado pela água, contou aos jornalistas que quando chegou só viu água e lama e que, dificilmente, conseguirá trabalhar nos próximos dias.
“Estragou, o chão já está a subir porque entrou água e não sabemos como vai ser. Não sei se vou poder trabalhar amanhã, porque não há condições.”
Edna Santos fala em prejuízos a rondar os quatro mil euros no salão de estética.
“Uma das máquinas custa mais de mil euros. Os prejuízos são de quatro mil euros, mais ou menos, e vamos estar paradas e tempo é dinheiro”, sublinha a lojista.