“Havia demasiada falta de civismo”, afirma o vereador português na Câmara de Paris, Hermano Sanches Ruivo, sobre a retirada das trotinetas de aluguer das ruas da capital francesa.
Em declarações à Renascença, Hermano Sanches Ruivo explica que as trotinetas foram proibidas por causa do incómodo sentido por uma parte da população.
“As cidades vão ter todas que pensar o viver, conduzir, passear, os transportes em conjunto. A trotinete não é a solução para tudo, sobretudo, se uma grande parte dos utilizadores não respeitar as regras. Isso é que foi a base da nossa decisão. Havia demasiada falta de civismo”, afirma o responsável.
Cerca de 15 mil trotinetas elétricas deixaram, esta sexta-feira, de ter autorização para circular em Paris, a primeira cidade europeia a abrir o mercado livre do aluguer de trotinetas, em 2018. A proibição entra em vigor depois de um referendo aos parisienses e é uma tentativa de “acalmar” as ruas.
Hermano Sanches Ruivo descreve um cenário diferente nas ruas de Paris, neste primeiro dia sem trotinetas de aluguer e explica que muitas já têm destino.
“É muito evidente porque hoje é o primeiro dia em que já não é permitido às empresas a comercialização do serviço das trotinetes. A maioria já foram retiradas, algumas ainda ficaram, até porque nem todas vão para muito longe. A esmagadora maioria vai para o estrangeiro: Alemanha, Dinamarca, Bélgica”, sublinha.