Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
A Itália registou mais 28.352 casos e 827 mortes da doença Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde.
O relatório semanal de especialistas italianos indica que a incidência cumulativa continua elevada, apesar da redução da velocidade de transmissão.
Com aqueles números, o total de óbitos no país desde o início da pandemia, em fevereiro, subiu para 53.677 e o total de infeções para 1.538.217.
A melhoria da situação nos hospitais e o achatamento da curva foi também confirmado.
O número de pacientes internados diminui para 33.684, assim como as pessoas atualmente positivas, que reduziu em quase 8.000, e as internadas em Unidades de Cuidados Intensivos, atualmente 3.782, menos 64 nas últimas 24 horas.
O Instituto Superior de Saúde (ISS), no seu relatório de monitorização semanal, assinalou que “a velocidade de transmissão da epidemia em Itália está a desacelerar e alcançou níveis de transmissão Rt próximos a 1 em múltiplas regiões”.
O índice Rt da última semana é de 1.08 em médio, e entre 1 a 1,25 na maioria das regiões. Em quatro delas, caiu para menos de 1.
Além disso, pela primeira vez em várias semanas, a incidência calculada durante os últimos 14 dias diminuiu a nível nacional.
Atualmente são 706,27 casos por cada 100.000 habitantes, contra os 732,6 da semana anterior, uma melhoria que, no entanto, continua a apresentar um valor “muito alto”.
“Estes dados são animadores e indicam o impacto das medidas de mitigação implementadas nas últimas semanas”, afirmam os especialistas.
No entanto, “a incidência ainda é muito elevada para permitir uma gestão sustentável, pelo que será necessário atingir níveis de transmissibilidade significativamente inferiores a 1, permitindo uma diminuição rápida do número de novos casos e uma redução da pressão nos serviços de saúde e hospitalares”.
Das 20 regiões italianas, 10 delas estão em “alto risco de uma epidemia descontrolada e incontrolável”, enquanto o resto apresenta risco moderado, incluindo sete com alta probabilidade de progredir para alto risco nas próximas semanas.
O ministro da Saúde, Roberto Speranza, deve decidir as mudanças nas classificações das regiões em risco.
Lombardia e Piemonte, no norte, esperam sair da “zona vermelha”, a de maior risco e com confinamento quase total.
“Graças ao sacrifício dos lombardos, os dados epidemiológicos têm melhorado, agora estamos na zona laranja e poderemos reabrir os estabelecimentos comerciais. Aguardamos a decisão do governo em breve”, escreveu na rede social Twitter o presidente da região da Lombardia, Attilio Fontana.
O mesmo espera Alberto Cirio, de Piemonte, indicando que o “Rt da região hoje é de 0,9”
“Quando entrámos na zona vermelha era de 2,16, o que significa que os sacrifícios resultaram”, acrescentou.
“Vemos a zona laranja como uma medida que compensa os esforços feitos, mas precisamente para que não falhem, temos previstas medidas regionais, que vou adotar com uma portaria, por exemplo em centros comerciais, onde vamos decretar medidas muito rígidas para evitar multidões”, relatou.
O Governo italiano está a preparar o novo decreto que vai entrar em vigor no dia 04 de dezembro, com o qual irá manter a proibição de sair da região, recolher obrigatório e o encerramento de escolas em zonas de alto risco.
De acordo com a imprensa italiana de hoje, o Governo não vai autorizar demasiadas aberturas por receio de uma terceira vaga que seria devastadora para os sistemas de saúde já submetidos a duros testes.
Relativamente à reabertura de restaurantes e restaurantes, não estão previstas alterações, cujo encerramento está previsto para as 18:00 locais.
O que parece definitivo agora é que as estações de esqui não vão abrir durante todo o mês de dezembro.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.433.378 mortos resultantes de mais de 60,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.