O Reino Unido deixou esta segunda-feira um aviso à Rússia de que vai continuar a apoiar militarmente a Ucrânia a longo prazo, afirmou o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, após um encontro com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Numa resposta à Rússia, que hoje criticou o fornecimento de mais armamento pelo Reino Unido à Ucrânia, avisando que vai causar "ainda mais destruição", Sunak prometeu que "haverá mais apoio no futuro".
"Penso que é importante que o Kremlin saiba que não vamos recuar. Estamos cá a longo prazo. Continuamos firmes na defesa da Ucrânia, não só agora para recuperar o seu território legítimo, mas também para garantir que a Ucrânia terá os meios para se defender no futuro", afirmou o governante britânico a um grupo de jornalistas na residência de campo Chequers Court, a cerca de 60 quilómetros de Londres.
Os dois líderes estiveram reunidos durante cerca de três horas após uma visita inesperada de Zelensky esta manhã ao Reino Unido para se encontrar com o "amigo Rishi". O líder ucraniano destacou a importância dos britânicos na expansão das capacidades militares de Kiev.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
Na semana passada, o Reino Unido tornou-se o primeiro país a fornecer mísseis de cruzeiro de longo alcance Storm Shadow à Ucrânia, permitindo ataques longe das linhas de combate.
Estas entregas acontecem quando Kiev prepara uma contra-ofensiva destinada a repelir as tropas russas dos territórios que ocupam na Ucrânia.
Em 2022, Londres entregou 2,3 mil milhões de libras (2,65 mil milhões de euros) de ajuda militar a Kiev e o governo britânico prometeu manter este nível de ajuda neste ano, sendo o segundo maior apoio, depois dos Estados Unidos.
Esta manhã, o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, declarou à imprensa que "o Reino Unido aspira a colocar-se à frente dos países que continuam a inundar a Ucrânia com armamento", garantindo que estas entregas “não terão um impacto significativo no curso” do conflito, mas “causarão ainda mais destruição”.
“Vemos isso de forma muito negativa”, acrescentou Peskov.