A Linhas SNS 24 recebeu mais de 9.500 chamadas de doentes na terça-feira e dezembro já é o mês do ano com mais contactos, numa altura de grande afluência às urgências hospitalares devido a infeções respiratórias.
Desde o início do mês foram atendidas 194 mil chamadas, avança à Renascença João Oliveira, coordenador da linha SNS 24.
“Na Linha SNS 24 tínhamos vindo a registar um aumento da procura desde novembro, mas nos últimos dias essa procura acentuou-se. O mês de dezembro já é o mês em que atendemos mais chamadas. Já atendemos mais de 194 mil chamadas, o que equivale a mais sete mil chamadas do que no mês de novembro. No dia de ontem [terça-feira] atendemos mais de 9.500, mais quatro mil chamadas do que no dia anterior, foi uma procura muito acentuada em relação aos dias anteriores e à semana anterior.”
Os doentes que contactam a Linha SNS 24 fazem-no, sobretudo, devido a sintomas respiratórios, adianta João Oliveira.
Questionado de a linha está a conseguir responder a todas as chamadas, João Oliveira diz que a pandemia de Covid-19 foi uma grande lição e é possível responder a um aumento da procura.
"Em alturas de pico podemos ter um aumento do tempo de espera, mas rapidamente conseguimos atuar com medidas de curto e médio prazo para que estejamos cada vez mais preparados. Neste momento, estamos a reforçar o recrutamento e a estudar a abertura de novos centros de contacto", sublinha.
A Linha SNS 24 tem atualmente "uma bolsa de 1.600 profissionais, que estão prontos para o atendimento, e este número é sempre dinâmico por existem sempre algumas entradas e saídas", refere João Oliveira.
O serviço está com um pico de chamadas este mês, na sequência do aumento dos vírus respiratórios que estão a levar muita gente também às urgências.
No hospital de São João, no Porto, há seis horas de espera para os doentes de pulseira verde e quatro para os que têm pulseira amarela.
Está a ser muito maior, esta semana do que na última, o recurso ao hospital. Na maioria dos casos, a culpa é da gripe A, disse à Renascença Cristina Marujo, a diretora do serviço de urgência.
Na região de Lisboa a situação é semelhante. O Hospital Amadora-Sintra atendeu perto de 900 pessoas em apenas 24 horas, o maior número de sempre num dia. Chegou a ter tempos de espera para os casos menos graves superiores a 18 horas.