O presidente da Câmara de Lisboa afirma na Renascença que está tudo a ser preparado para que o voto antecipado para as eleições legislativas corra melhor do que nas europeias.
“Temos feito um trabalho intenso em ligação com Ministério da Administração Interna” e “vamos ter 90 secções abertas” na Cidade Universitária, avança Fernando Medina nesta quinta-feira.
As secções de voto vão estar distribuídas entre a Reitoria, a Faculdade de Letras e a Faculdade de Direito. E desta vez não haverá fila única.
Nas europeias (em maio), havia apernas 10 secções de voto.
Até agora, em Lisboa, estão inscritas 16 mil pessoas para votar antes do dia 6 de outubro – o que vai acontecer no próximo domingo, dia 29.
“Estamos a aprender neste processo”, afirma o autarca lisboeta, para quem o “voto antecipado é uma grande medida de combate à abstenção”.
“Estamos a aprender, mas estamos muito melhor do que estávamos e estou confiante”, conclui.
No debate desta quinta-feira, o principal tema em análise foram as intenções anunciadas pela nova diretora dos Jerónimos e da Torre de Belém. Em entrevista à Renascença, Dalila Rodrigues defende descontos para os portugueses à entrada destes dois monumentos e filas e bilhetes diferentes para turistas e nacionais.
“Tenho dúvidas da legalidade de uma medida desta natureza”, afirma Fernando Medina recordando uma outra situação em que a legislação europeia impediu medida semelhante.
O presidente da Câmara de Lisboa compreende, contudo, a posição da nova diretora: são dos monumentos mais visitados, as receitas arrecadadas acabam por financiar outros monumentos e há obras necessárias que ainda não foram feitas.
João Taborda da Gama apresenta outra solução: espaços gratuitos para todos e boas exposições pagas, também por todos.
Mas o que este comentador não entende é porque é que a cultura e o património não entram na campanha. “Ou não dá votos ou as pessoas não estão para aí viradas”.
“Mas a questão é macro, é preciso percebermos onde queremos investir e trazer as pessoas para a cultura”, defende, sublinhando que “ver quadros não é a última forma de cultura”.