Alexander Dolgopolov, antigo tenista ucraniano que está a defender o seu país na linha da frente, critica o comportamento de Aryna Sabalenka, após a vitória sobre a ucraniana Elina Svitolina, nos quartos de final de Roland Garros.
A bielorrussa, que é tida como próxima do presidente do seu país Aleksandr Lukashenko, aliado da Rússia na guerra com a Ucrânia, aguardou por cumprimento da Svitolina, junto à rede, sabendo que a adversária não cumprimenta tenistas bielorrussas ou russas, desde a invasão da Rússia à Ucrânia.
Dolgopolov considera que o comportamento de Sabalenka foi "nojento". "Enquanto a Rússia rebenta uma barragem, com a ajuda do seu amigo mini ditador [Lukahsenko], a rainha do drama que nada comenta na conferência de imprensa fica de propósito na rede, gozando com tudo que a Ucrânia está a passar. Patético", critica Dolgopolov, numa publicação no Twitter.
Sabalenka esclareceu, em conferência de imprensa que não apoia a guerra. "Não quero o meu país envolvido numa guerra. Não sou a favor da guerra e por isso não apoio Lukashenko neste momento", afirmou, justificando que a ida à rede para cumprimentar Svitolina não foi um comportamento maldoso, mas sim instintivo.
Svitolina foi assobiada pelo público, mas ignora essa manifestação, reforçando que as suas "declarações e posições sobre este assunto [guerra na Ucrânia] têm sido muito claras". "Penso que a atitude dela, infelizmente, inflamou a reação do público, que eu já esperava", acrescentou.
Sabalenka, número dois do mundo, eliminou Svitolina, que ocupa a posição 192, em dois sets, por duplo 6-4. Nas meias-finais de Roland Garros, a tenista bielorrussa vai defrontar a checa Karolina Muchkov (43).