Cerca de 70 guardas prisionais estão desde as 8h45 desta quinta-feira em vigília junto do Estabelecimento Prisional do Monsanto, em Lisboa, contra as condições de carreira e trabalho.
"Cerca de 70 elementos do corpo da guarda prisional de Monsanto, Lisboa e Linhó estão em vigília contra as suas condições de carreira e trabalho. Entretanto, surgiu-nos uma oportunidade de nos reunirmos hoje à tarde com o secretário de Estado Adjunto e da Justiça para falarmos sobre a situação", disse à Lusa Frederico Morais, dirigente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional (SNCGP).
O protesto prende-se com as reivindicações que motivaram a greve, marcada para quarta-feira, incluindo a questão do subsídio de missão, que também tem gerado protestos na PSP e GNR.
Em causa, segundo o sindicalista, está a valorização e dignificação da profissão de guarda prisional, reestruturação de suplementos remuneratórios e aprovação do sistema de avaliação de desempenho.
Na quarta-feira, Frederico Morais acusou, em declarações à Lusa, a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, de "não cumprir a promessa feita por escrito de fazer sair a portaria relativa ao sistema de avaliação de desempenho".
Este diploma teria reflexos na progressão na carreira e permitiria uma equiparação com o sistema de avaliação da PSP.
A guarda prisional bate-se ainda pela melhoria dos suplementos remuneratórios, questão que, disse, envolve a atribuição do subsídio de missão à PJ e que deixou de fora, não só a guarda prisional, mas também a PSP e a GNR.
Frederico Morais lembrou que o Governo aprovou a atribuição do suplemento de missão para a PJ já depois de o primeiro-ministro apresentar a demissão.
Há duas semanas que polícias da PSP e militares da GNR têm realizado protestos em várias cidades do país contra o facto de o Governo ter aprovado em 29 de novembro o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ, que não tem o mesmo valor nas restantes forças de segurança.