O presidente da UEFA garante que não tentará impedir a criação da Superliga Europeia, no entanto, acredita que o projeto terá baixa adesão e avisa que tentará dificultar a participação em todas as frentes.
Em reação à decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia, que abriu a porta ao projeto, esta quinta-feira, Aleksander Ceferin diz que, apesar de considerar que a Superliga Europeia continua a ser uma prova fechada, independentemente da roupagem, não tentará "matar" o projeto.
"Vi o comunicado dos adeptos ingleses, que lhe chamaram 'liga zombie'. [A empresa organizadora] não usou isso, usou Liga Azul e outras cores. Mas apesar disso não tentaremos pará-los. Mesmo antes, nunca tentámos pará-los e dissemos isso, eu próprio disse isso várias vezes: eles podem criar o que quiserem. Espero que comecem uma competição fantástica, assim que possível, com dois clubes", ironiza.
Não barra, mas condiciona. Ceferin avisa que vai elaborar o calendário das competições europeias de forma a tornar "impossível" que os clubes consigam conciliar com a participação na Superliga.
"Os clubes de qualquer país não estão impedidos de se juntar a uma competição fora do sistema [da UEFA]. A escolha é vossa, nunca dissemos que não podiam estar fora. Mas alguns queriam estar dentro e fora simultaneamente, não se percebe muito bem", atira.
Em comunicado, horas antes, a UEFA sublinhou que a decisão do TJUE "não é um aval nem validação" da Superliga Europeia e frisou que, em 2022, adaptou as suas regras de forma a respeitar a lei europeia.
"Em vez disso, sublinha uma lacuna pré-existente no quadro legal de pré-autorização da UEFA, um aspeto técnico que já foi assumido e abordado em junho de 2022. A UEFA está confiante na robustez das suas novas regras e, especificamente, que cumprem com todas as leis e regulações europeias relevantes", lê-se na nota oficial, da UEFA, que garantiu, ainda, manter-se "determinada" na proteção da pirâmide do futebol europeu.
[Notícia atualizada às 15h23]