Mãe, mulher, cantora, compositora, artista e uma pessoa em permanente descoberta. Com a pausa dos Amor Electro (sim, é mesmo só uma pausa), Marisa Liz teve tempo para parar e pensar no que queria dizer como artista. Mas será que isso chegava para uma música? Duas? Um álbum inteiro? A resposta é sim e “Girassóis e Tempestades” está aí para o provar.
Numa conversa entre amigos, Renato Duarte e Marisa Liz sentaram-se no auditório da Renascença e refletiram sobre tudo o que foi preciso para que este disco acontecesse.
“Eu não canto porque gosto. Eu preciso de cantar”
A importância da música na vida de Marisa Liz é palpável em vários momentos desta conversa, culminado na frase “Eu não canto porque gosto. Eu preciso de cantar”. É assim fácil de perceber que toda a história de Marisa convergiu para este momento. As pessoas que conheceu, as situações pelas quais passou desde que começou uma carreira na música aos 11 anos.
Foi preciso trabalhar (brevemente) numa loja de crepes, viajar até ao Butão, jantar com o músico brasileiro Chico César, ouvir conselhos (não solicitados) sobre o seu corpo e a sua maneira de ser, para chegar a este “Girassóis e Tempestades”.
E o que se pode esperar deste álbum? Marisa responde: “Sabia que queria ter canções, coisas completamente orgânicas e minimais e depois queria o festival todo, o Carnaval em cima da mesa. Pedi ajuda e fui ter com pessoas que sabem mais do que eu e que me conseguiram ensinar e que me levaram para outros sítios.”
Moullinex, Valter Rolo, Edu Mundo, Tatanka, Diogo Branco, Joana Espadinha e até António Variações são alguns dos artistas que estão com Marisa neste álbum. Mas há mais uma participação muito especial, a música “Contigo” é um dueto com a filha Beatriz.
Um novo começo
Aos 40 anos, “Girassóis e Tempestades” é um novo começo, “um começo confortável” nas palavras da cantora. Mas também um momento de enorme aprendizagem: “Desde que este disco está feito, eu não componho de forma igual, como compunha antes deste disco”. “Não me interessa compor o disco todo. Interessa-me ter o melhor disco que eu consiga”.
O melhor disco que Marisa conseguiu saiu a 31 de março, tem capa amarela e 12 músicas que deram muito trabalho e fizeram nascer uma nova artista em Portugal.
Veja o vídeo desta entrevista realizada no auditório da Renascença.
Alinhamento “Girassóis e Tempestades”:
1. “A Outra”
2. “Olha Lá”
3. “Azar O Teu”
4. “Foi Assim Que Aconteceu”
5. “Silêncio”
6. “Afinal”
7. “Quem Nunca”
8. “Guerra Nuclear”
9. “Contigo feat. Beatriz”
10. “Virar a Página”
11. “Eu Não Mereço”
12. “Girassóis e Tempestades”
Tour Girassóis e Tempestades, abril 2023:
22 abril – Braga: evento privado
24 abril – Alcácer do Sal
27 abril – Espinho: Casino de Espinho
29 abril – Chaves: Casino de Chaves
30 abril – Estremoz: FIAPE