A Polícia Judiciária (PJ) deteve hoje a mulher do suspeito de duplo homicídio e profanação de cadáveres na ilha do Pico, nos Açores, que tinha sido detido no início da semana.
Em comunicado de imprensa, a PJ revela que "procedeu, durante esta manhã, à detenção de uma mulher, no âmbito do inquérito por crimes de homicídio, profanação de cadáver e de detenção de arma proibida, no qual o marido foi anteriormente detido e submetido à medida de coação de prisão preventiva", em cumprimento de mandados emitidos pelo Ministério Público.
Segundo a PJ, a investigação desenvolvida "permitiu alcançar relevantes elementos probatórios de que os crimes de homicídio foram praticados junto da propriedade do referido casal, com recurso a arma de fogo, com subsequente ocultação e destruição dos corpos através de carbonização".
A mulher de 53 anos "será presente às autoridades judiciárias competentes, para aplicação das adequadas medidas de coação".
A PJ destaca a "estreita colaboração prestada pela Polícia de Segurança Pública na ilha do Pico", alegando que foi "relevante para o esclarecimento dos factos".
Na terça-feira, a Polícia Judiciária revelou que tinha sido detido um homem de 60 anos, na ilha do Pico, por "suspeitas de um duplo homicídio e profanação de cadáver".
A investigação teve início no dia 11, "após a comunicação do desaparecimento de dois homens, com 74 e 65 anos de idade, ambos residentes na ilha do Pico".
"Foram recolhidos indícios de que os dois homens desaparecidos terão sido vítimas de crimes de homicídio, com subsequente ocultação dos cadáveres, recaindo as suspeitas sobre um indivíduo de nacionalidade estrangeira, residente nas imediações do local onde o veículo utilizado pelas vítimas se encontrava estacionado", avançou a PJ.
Nas buscas domiciliárias à residência do suspeito "foram apreendidas duas armas de fogo legalizadas, para além de diversas armas em situação irregular, nomeadamente, um "boxer" com lâmina acoplada, diversos punhais e um silenciador, compatível com arma de fogo".
O detido "foi presente às autoridades judiciárias competentes, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva".
A operação foi desenvolvida através do Departamento de Investigação Criminal dos Açores da PJ, com a colaboração da Polícia de Segurança Pública, da Guarda Nacional Republicana e da Polícia Marítima.