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Portugal regista 1.383 mortes (mais 14 que na quinta-feira) e 31.946 casos (mais 350, o número mais alto desde 8 de maio e que supõe um aumento de 1,1%) confirmados de infeção pelo novo coronavírus, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O relatório desta sexta-feira, com dados atualizados até às 00h00 de quinta-feira, mostra uma subida de 274 no número de recuperados, para um total de 18.911. Ou seja, 59,2% das pessoas diagnosticadas com Covid-19 já recuperaram. Contudo, há mais 62 casos ativos: sobe para 11.652.
A região de Lisboa e Vale do Tejo é aquela em que se concentra o maior número de casos ativos, cerca de 4.400 (aproximadamente 37%), segundo revelou a diretora-geral da Saúde, na conferência de imprensa.
Nesse sentido, Graça Freitas admitiu que se tem verificado "uma tendência para aliviar o comportamento", especialmente entre os jovens, mas lembrou que "ajuntamentos e aglomerados estão contraindicados".
"Os jovens têm tendência a ter doença mais ligeira, mas podem transmitir a pessoas mais idosas, grupos de risco, e perpetuar a transmissão. Não se está a conseguir evitar o risco das pessoas se concentrarem noutros espaços ou até ao ar livre. Tem-se assistido à concentração de pessoas para lá do que é desejado", assumiu.
A taxa de mortalidade mantém-se nos 4,3% (16,9% acima dos 70 anos).
Desde o dia 1 de janeiro, registaram-se 321.290 casos suspeitos. O relatório revela, ainda, que 1.568 casos ainda aguardam os resultados dos testes laboratoriais e quase 28 mil pessoas estão sob vigilância das autoridades sanitárias.
A região Norte é a que regista o maior número de mortos (769), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (346), da região Centro (237), do Algarve (15) e do Alentejo, com um morto. O boletim dá conta de 15 óbitos nos Açores. O arquipélago da Madeira continua sem registo de mortes por Covid-19.
É nos 80 anos para cima que se registam mais óbitos (929), seguido do grupo dos 70 aos 79 anos (270), dos 60 aos 69 anos (124), dos 50 aos 59 anos (43), dos 40 aos 49 anos (15), e dos 30 aos 39 anos e 20 aos 29 anos, com um óbito cada.
No total, morreram 702 mulheres e 681 homens com Covid-19.
O Norte concentra a maior parte dos casos confirmados, com 16.725 (cerca de 52,35%). Seguem-se Lisboa e Vale do Tejo (10.320 - mais 323, o que representa 92,29% dos novos casos desta sexta-feira), Centro (3.728), Algarve (366), Alentejo (259), Açores (135) e Madeira (90 - desde 7 de maio que este número não muda).
Ao todo, há 224 concelhos com, pelo menos, três casos confirmados do novo coronavírus. Loures (+48), Lisboa (+34), Amadora (+29), Odivelas (+16), Seixal (+16), Oeiras (+12) e Almada (+10) são os concelhos com maior aumento no número de infetados nas últimas 24 horas, segundo o boletim da DGS. Lisboa ocupa o topo da tabela, com um total 2.324.
A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 40 aos 49 anos (5.368), seguida dos 50 aos 59 anos (5.287), dos 30 aos 39 anos (4.798), dos 80 anos para cima (4.523), dos 20 aos 29 anos (4.178), dos 60 aos 69 anos (3.507), dos 70 aos 79 anos (2.574), dos 10 aos 19 anos (1.065) e até aos nove anos (646).
Globalmente, há em Portugal 18.362 mulheres e 13.584 homens infetados.
Desde 1 de março, já foram realizados mais de 796 mil testes de diagnóstico à Covid-19, dos quais 7% deram resultado positivo. Em "stock", Portugal tem cerca de um milhão de testes, o que "garante estabilidade", conforme assumiu o secretário de Estado, António Lacerda Sales, na conferência de imprensa.
Segundo a DGS, 40% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 29% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 12% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 91% dos casos confirmados.
Cerca de 34,8% dos doentes são tratados no domicílio, conforme revelou o secretário de Estado da Saúde. Em internamento, estão 529 (1,7%) dos pacientes (mais 17 pessoas que no dia anterior): 66 (0,2%) em unidades de cuidados intensivos (mais uma) e 1,5% em enfermaria.
Para reforçar o combate à pandemia do novo coronavírus, o Serviço Nacional de Saúde contratou cerca de 3.000 profissionais de saúde, ao longo destes três meses, segundo revelou António Lacerda Sales.
"Foram contratados cerca três profissionais de saúde: 125 médicos, mais de 900 enfermeiros, 205 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, 1.350 assistentes operacionais, entre outros profissionais.”
O secretário de Estado sublinhou, ainda, que as máscaras e luvas de proteção contra a Covid-19 não devem ser deitadas para o chão na rua, depois de serem utilizadas.
“Constatamos frequentemente nos espaços públicos que existem muitas máscaras eliminada. O apelo que queria fazer era que essas máscaras não fossem eliminadas para o espaço público, que fossem eliminadas para o lixo doméstico, que é de facto o correto, como indicam as autoridades de saúde”, pediu Lacerda Sales.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 5,8 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais 360 mil, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos. Dos casos de infeção, mais de 2,4 milhões tiveram alta.
Os EUA são o país com mais óbitos (101.621), seguidos de Reino Unido (37.919), Itália (33.142), França (28.665), Espanha (27.119) e Brasil (26.754).
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras. Portugal esteve em estado de emergência entre 19 de março e 2 de maio. Na segunda-feira, entra na terceira fase de desconfinamento.
Número de novos casos por dia:
Evolução diária de casos, óbitos e recuperados: