Um recém-nascido morreu, na noite de sexta-feira, num barco que transportava migrantes ao largo da ilha italiana de Lampedusa.
A mãe terá dado à luz durante a viagem desde o Norte de
África, afirma a agência de notícias Ansa, e a morte está a ser investigada.
O jornal italiano Corriere Del Mezzogiorno relata que a mãe
foi ajudada pelas outras pessoas que estavam no barco depois de ter começado a ter
contrações.
A embarcação foi resgatada pelas autoridades italianas que terão levado o corpo da criança, tendo sido posteriormente colocado num caixão branco e levado para um cemitério no distrito de Imbriacola, em Lampedusa, acrescenta o mesmo jornal.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, disse que o país estava sob “pressão insustentável” como resultado do influxo de migrantes.
Meloni defende um bloqueio naval da União Europeia para impedir que os barcos atravessem o Mediterrâneo para chegar à costa italiana.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani, defende uma necessária uma ação forte a nível internacional, reconhecendo que a Europa não consegue lidar com a situação
A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deverá
visitar a ilha no domingo, depois de Itália ter pedido ajuda da UE.
A Cruz Vermelha Italiana disse que atualmente atende cerca
de 2.500 pessoas num centro de receção projetado para 400 chegadas.
Só nos últimos três dias mais de 8.000 migrantes chegaram a Lampedusa.
Este ano chegaram a Itália quase 126.000 migrantes, o que
representa cerca do dobro do número do mesmo período de 2022.
Na próxima semana, o Governo de Roma promete aprovar medidas extraordinárias no campo das migrações.