A líder da CGTP, Isabel Camarinha, anunciou este sábado paralisações em hospitais e misericórdias, no Metro de Lisboa, na Docapesca e nos CTT até ao final deste mês de outubro, referindo que "faltam medidas que abram portas ao aumento de salários" e "sobram as que dão mais benefícios e borlas fiscais ao grande capital" para agravar a desigualdade em Portugal.
Num discurso no final da manifestação em Lisboa, contra o aumento do custo de vida e para exigir aumentos dos salários e das pensões, a sindicalista pediu “unidade, organização e luta” aos trabalhadores e avisou que a mesma “vai continuar e aumentar” nas ruas.
“Contra o aumento do custo de vida e o ataque aos direitos, contra a exploração, as injustiças e as desigualdades, com confiança, a luta é elemento central para construir um Portugal com Futuro”, afirmou Isabel Camarinha, lembrando também a paralisação da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, marcada para o próximo dia de 18 de novembro.
A líder da CGTP referiu ainda que o "ataque aos salários" acentuou-se com a maioria do PS: "Não há trabalhador que aguente, não há estrutura pública que suporte esta política de terra queimada."
Antes disso, anunciou greves para os próximos dias, entre elas a greve na Ambilital nos dias 17 e 18 de outubro, no Hospital Beatriz Ângelo no dia 18 de outubro, nas IPSS, Misericórdias e Mutualidades no dia 21 de outubro e no dia 25 no Metropolitano de Lisboa, além de greves na Euroresinas no dia 26, na Docapesca dia 30 e nos CTT no dia 31 de outubro.
Este sábado, centenas de pessoas participaram na manifestação, depois da confederação sindical ter sido o único parceiro social que não apertou a mão ao Governo neste documento que projeta as atualizações salariais inscritas no Orçamento do Estado para 2023.
A manifestação saiu por volta das 15h30 do Cais do Sodré com a líder da CGTP, Isabel Camarinha, e outros sindicalistas a segurarem uma faixa com o lema da iniciativa.