IL rejeita críticas da Confederação do Comércio. "Não leram as nossas propostas"
23-09-2021 - 12:54
 • João Cunha , com redação

Em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Renascença e jornal Público, João Vieira Lopes lamenta que nem os partidos de direita ponham "peso político" na defesa de mais incentivos às empresas e diz-se preocupado com futuro Orçamento do Estado.

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim Figueiredo, não aceita a crítica do líder da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes.

Em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Renascença e jornal Público, João Vieira Lopes lamenta que nem os partidos de direita ponham “peso político” na defesa de mais incentivos às empresas e diz-se preocupado com futuro Orçamento do Estado.

Numa reação a estas palavras, o líder da Iniciativa Liberal acredita que a CCP não leu as propostas do seu partido.

“Não estamos de acordo. Só pode querer dizer que o Dr. João Vieira Lopes só se está a referir aos partidos do sistema ou não teve oportunidade de ver as propostas da Iniciativa Liberal”, afirma João Cotrim Figueiredo.

Desde que entrou no Parlamento, a IL “tem pugnado pela redução fiscal, pela verdadeira facilitação da capitalização das empresas e, mesmo nesta campanha autárquica, temos insistido que as derramas municipais devem ser pura e simplesmente abolidas e todos os licenciamentos industriais e comerciais deveriam levar uma enorme simplificação”, argumenta.

Para João Cotrim Figueiredo, “não é verdade que não haja partidos em Portugal a pôr a economia no topo das preocupações e das prioridades”.

Sobre o anúncio de levantamento de restrições a poucos dias das eleições autárquicas de domingo, o líder da Iniciativa Liberal diz a medida tem “óbvio objetivo eleitoral”, mas “os portugueses não são tolos” e “o PS não vai ficar com a bandeira da libertação”.

“O partido da libertação sempre foi a Iniciativa Liberal, desde o princípio que fomos aqueles que mais nos opusemos às medidas restritivas que estavam a provocar um óbvio dano económico, uma desestruturação social e até a nível de saúde mental altamente gravosas, que vamos continuar a pagar nos próximos meses porque há problemas que não vão ficar resolvidos com o desconfinamento”, adverte João Cotrim Figueiredo.