O ritmo do processo de vacinação contra a covid-19 em Portugal foi hoje enaltecido pela Direção-Geral da Saúde (DGS), que, apesar de admitir algumas dificuldades ao longo dos meses, vincou a elevada confiança da população nas vacinas.
“Portugal tem feito um excelente caminho em termos de cobertura vacinal da população, cumprindo os objetivos e os indicadores definidos pela União Europeia”, afirmou o coordenador da Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid-19 da Direção-Geral da Saúde (DGS), Valter Fonseca durante uma audição na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia e do processo de recuperação económica e social.
“Acreditamos que este é o caminho que temos para ter o maior sucesso possível no controlo da pandemia de covid-19”, disse o responsável da DGS, acrescentando que o plano decorre já há cerca de seis meses e que tem correspondido aos objetivos traçados, nomeadamente a “redução da pressão sobre o sistema de saúde, a proteção das populações mais vulneráveis e o controlo da transmissão” do vírus.
Valter Fonseca disse que “o plano tem sido dinâmico, é uma das formas para fazer frente a uma situação complexa e muito mutável ao longo do tempo e há três variáveis que são permanentemente acompanhadas de forma a garantir um plano de sucesso: a disponibilidade de vacinas, a situação epidemiológica e a garantia de uma vacinação segura para a proteção máxima da população".
Na mesma audição, a diretora-geral da saúde, Graça Freitas, lembrou as complicações de um passado recente ligadas às entregas de doses pelas farmacêuticas e os “alertas de segurança” que foram detetados e enfatizou que a “enorme complexidade” da operação de vacinação em curso não afetou a confiança dos portugueses nas vacinas.
“Queria referir estudos muito recentes que continuam a apontar Portugal como um país que deposita muita confiança na sua vacinação. Esse é um fator a nosso favor: a confiança da população portuguesa na vacinação, que é fruto de um trabalho de mais de 50 anos na área da vacinação. Vamos fazer tudo para honrar essa confiança e para manter o programa com elevados padrões de qualidade”, sintetizou no final da sua intervenção inicial.
Em Portugal, morreram 17.057 pessoas dos 861.628 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.