O Dia Mundial da Saúde, celebrado esta quinta-feira, dia 7 de abril, fica marcado no Alentejo litoral pela reivindicação de mais e melhor acesso à saúde, num território de longas distâncias e com uma população envelhecida.
A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos (CUSP) do concelho de Grândola, aproveita o dia para recolher assinaturas para um abaixo-assinado que já está a decorrer na localidade de Canal-Caveira (Grândola), pela melhoria do funcionamento da Extensão de Saúde desse lugar, que começou a funcionar em 1983.
Com consultas médicas regulares, o posto garantiu o acesso aos cuidados de saúde da população desta localidade “que dista a sete quilómetros da sede de freguesia, com população maioritariamente idosa e com uma deficiente rede de transportes públicos”, lê-se no documento a que a Renascença teve acesso.
“Devido a políticas economicistas”, refere o abaixo-assinado, o espaço acabou por ser encerrado em 2009, o que levou a população a reivindicar a sua reabertura, assim como a do Serviço de Atendimento Permanente do Centro de Saúde de Grândola, durante 24 horas.
Em 2016 foi reaberta a Extensão de Saúde do Canal Caveira, com o compromisso do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano “em assegurar a deslocação de um médico, uma vez por semana, para a realização de consultas na referida extensão”, o que não aconteceu.
“Neste momento, esta unidade de saúde não está a funcionar com regularidade, estando por vezes mais de um mês sem ter a visita dos profissionais de saúde”, pode ler-se.
Os utentes de Canal Caveira voltam à carga, neste Dia Mundial da Saúde e exigem além da reabertura, na sede de concelho, do Serviço de Apoio Permanente durante 24 horas, também “a reabertura do Posto Médico do Canal Caveira”, assim como “consultas médicas com a periodicidade mínima semanal, com a presença de enfermeiro e assistente técnico.
Odemira pede mais médicos e enfermeiros
Também a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos (CUSP) do concelho de Odemira vai assinalar a efeméride, com uma distribuição de documentos, mas no dia 9 de abril, a partir das 09h00 no Mercado de Levante das Brunheiras, em Vila Nova de Milfontes.
Este documento serve, segundo a CUSP, “para relembrar aos utentes da importância do Serviço Nacional de Saúde, que o Governo/Ministério da Saúde deve valorizar os profissionais de saúde com a contratação de mais recursos humanos, progressão na carreira e aumentos salariais, mas também investindo em novas unidades de saúde”.
Os utentes reivindicam mais profissionais de saúde e melhores condições nas diversas unidades de saúde na região do litoral alentejano, nomeadamente a “cobertura da população com médico e enfermeiro de família, o reforço das consultas e serviços de enfermagem nas diversas extensões de saúde”, assim como a “reabertura da extensão de Luzianes-Gare e a construção de novas em Sabóia, São Luís e Vila Nova de Milfontes”.
Por outro lado, é ainda exigida, entre outras medidas, a “ampliação do Centro de Saúde de Odemira, a utilização do seu heliporto, o cumprimento dos tempos máximos de resposta garantidos nas consultas e cirurgias, tal como a urgente contratação de profissionais de saúde em falta na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano”.