O Conselho Estratégico Nacional do PSD, presidido por Pedro Duarte, reúne-se este sábado em Lisboa, em plena crise do Governo.
Este órgão que foi criado na liderança de Rui Rio e presidido pelo atual líder da bancada parlamentar, Joaquim Miranda Sarmento, tem agora novos nomes, 25 personalidades para cada uma das áreas temáticas que o líder do partido quer dar prioridade num futuro programa eleitoral. Luís Montenegro quer “transformar o CEN no grande “tink tank” do espaço não socialista” e a primeira reunião deste órgão de aconselhamento do líder do partido tem lugar em plena crise do Governo, com as sucessivas demissões que envolvem membros do executivo. A mais recente com a secretária de Estado da Agricultura que permaneceu apenas 26 horas no cargo.
A nova composição do CEN integra 25 personalidades, a maioria não são militantes do partido que vão coordenar 25 novas áreas temáticas onde se incluem a agricultura, a coesão territorial, a diversidade, Inclusão e Igualdade de Género, longevidade e bem-estar, políticas sociais ou proteção civil.
A maioria dos coordenadores vem da academia, são professores universitários, é o caso de João Cerejeira, professor de Economia na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, Margarida Oliveira, Professora Adjunta no Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior Agrária, Ana Isabel Xavier Defesa Nacional, Professora Associada em Relações Internacionais na UAL e ISCTE ou Paula Vaz Freire, Professora Associada da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
O conselho Nacional Estratégico vai contar ainda com Joana Balsemão, vereadora na Câmara de Cascais, que vai coordenar as áreas do ambiente e sustentabilidade, Emídio Guerreiro, antigo secretário de Estado do Desporto, Nuno Sampaio para a política externa, diáspora e assuntos europeus.
O órgão consultivo do líder do PSD vai contar ainda com um bombeiro para a área da proteção civil, o médico Nuno Freitas para a saúde, a presidente da federação académica do Porto, Ana Gabriela Cabilhas fica encarregada dos temas da longevidade e bem-estar, e Joao Rui Ferreira, presidente da Associação Interprofissional da Fileira da Cortiça fica com os serviços públicos e a reforma do estado.
Há seis meses na presidência do PSD, Luís Montenegro segue o caminho traçado para estes primeiros meses de liderança. Quando se candidatou o líder do partido definia a estratégia, elaborar nestes primeiros dois anos o programa eleitoral do PSD. Na moção de estratégia, Montenegro defende que “entre 2024 e 2026 o partido se concentre em apresentar as suas alternativas, ajustando e aperfeiçoando o seu programa eleitoral de acordo com a evolução da realidade”. Resta saber se, com a atual situação política, estes prazos não têm de ser acelerados.
Ainda esta quinta-feira, depois do debate da moção de censura, Luis Montenegro voltou a dizer que “apesar deste ter sido um ano horribilis do Governo”, não quer dizer que o PSD defenda a queda do Governo eleito há um ano. Questionado pelos jornalistas, Luís Montenegro disse, no entanto, que está preparado para ir a eleições “quando tiver de ser e se tiver de ser amanhã é amanhã” disse o líder do PSD.