O Governo russo disse esta segunda-feira que há ainda uma "oportunidade" de resolver a crise na Ucrânia através de canais diplomáticos, numa altura em que os países ocidentais temem que as tensões possam escalar para um conflito armado.
"Há a possibilidade de chegar a um acordo com os nossos parceiros sobre questões fundamentais ou é uma tentativa de nos arrastar para negociações intermináveis?", disse o Presidente russo, Vladimir Putin, numa pergunta dirigida ao seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.
"Como responsável pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, devo dizer que há sempre uma hipótese", respondeu o ministro russo, num encontro com Putin.
As oportunidades de diálogo "não estão esgotadas, (mas) não devem durar indefinidamente", disse Lavrov, acrescentando que Moscovo está "pronto para ouvir contrapropostas sérias".
A Ucrânia pode abandonar a sua intenção de ingressar na NATO para evitar um confronto militar com a Rússia, disse o embaixador ucraniano no Reino Unido, Vadym Prystaiko.
Em declaração à BBC, o embaixador indicou que o seu país seria "flexível" quanto ao seu objetivo de ingressar na Aliança Atlântica, sublinhando que a Ucrânia é um país "responsável", após o Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçar entrar num conflito armado.
Em dezembro, a Rússia exigiu garantias de segurança obrigatórias dos EUA e da NATO para impedir que a Aliança Atlântica se expandisse mais para o leste e implantasse armas ofensivas perto de suas fronteiras.
Moscovo escreveu recentemente uma carta a todos os países membros da OSCE pedindo-lhes que se posicionassem sobre o que entendem por segurança indivisível na Europa.
Apesar dos esforços diplomáticos, a diminuição da escalada militar e da tensão não foi alcançada até agora.
A Rússia alega que tem o direito soberano de estacionar tropas em qualquer lugar de seu território e, por sua vez, denuncia o fornecimento massivo de armas à Ucrânia pelo Ocidente.
Portugal pode utilizar até 1.049 militares na força de reação rápida da NATO, caso a Aliança Atlântica precise de todos os meios atribuídos por Portugal à "task force" de grande prontidão da NATO.
Trata-se de uma força conjunta multinacional com uma prontidão até sete dias, capaz de assegurar uma resposta militar rápida a uma crise emergente.
Em resposta à Renascença, o Ministério da Defesa diz que a NATO pode acivar estes meios de forma parcial ou total, em função do tipo de missões.