O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto vai ser assinalado esta sexta-feira com um concerto do concerto do ‘Artemisia String Trio’.
A iniciativa da Embaixada de Itália em Portugal e do Instituto Italiano de Cultura de Lisboa, em colaboração com a Associação Hagadá – Tikvá Museu Judaico e o Museu Nacional da Música, é também uma homenagem ao padre Joaquim Carreira, o sacerdote que protegeu e salvou largas dezenas de judeus italianos e refugiados durante a II Guerra Mundial, quando era reitor do Pontifício Colégio Português de Roma. Em 2015 foi reconhecido, a título póstumo, como ‘Justo entre as Nações’, pelo ‘Yad Vashem’, Memorial do Holocausto de Jerusalém.
As músicas para este concerto foram orquestradas por Anton Giulio Priolo para o trio de cordas ‘Artemisia String’. O compositor é filho de Luigi Priolo, o último refugiado ainda vivo dos que foram acolhidos pelo padre Carreira no Colégio em 1943-1944, durante a ocupação nazi de Roma.
O Artemisia String Trio é composto por Elisa Eleonora Papandrea (violino), Domenica Pugliese (viola) e Daniela Petracchi (violoncelo), intérpretes “com uma longa e prestigiada carreira tanto em música de câmara como em execução orquestral”, sublinha o comunicado enviado à Renascença, que explica que durante a sua estadia em Lisboa, o trio e o compositor irão participar na gravação de um documentário dedicado ao padre Joaquim Carreira, da responsabilidade dos jornalistas António Marujo e Joaquim Franco, a ser exibido em fevereiro na TVI, mas que ficará depois disponível online.
O concerto está marcado para as 18 horas no Museu da Música (estação de Metro Alto dos Moinhos), em Lisboa, e a entrada é livre. Marcarão presença o embaixador de Itália, Carlo Formosa, o diretor do Instituto Italiano de Cultura de Lisboa, Stefano Scaramuzzino, e a presidente da Associação Hagadá – Tikvá Museu Judaico de Lisboa, Esther Mucznik.