A diocese de Santarém confirmou esta quinta-feira, em comunicado, que nenhum sacerdote foi identificado na lista de alegados abusadores da Comissão Independente (CI) para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica.
“Na passada sexta-feira, na Assembleia Plenária da CEP, não lhe foi entregue [a D. José Traquina] nenhum envelope com nomes de sacerdotes abusadores a investigar”, lê-se na nota publicada no site da diocese.
Num esclarecimento prestado à Renascença, o responsável pela comunicação da diocese, o sacerdote João Ramalho Ribeiro, adianta que “foram sinalizados dois casos em 2013, julgados civicamente e canonicamente, referentes a um padre”, mas que nem essa informação consta da lista recebida.
O levantamento que consta do relatório da Comissão Independente, apresentado publicamente no dia 13 de fevereiro, dava conta de nove vítimas na Diocese de Santarém, e nove abusadores, entre os quais sete padres e dois leigos.
O comunicado acrescenta, ainda, que “o Bispo de Santarém e a Comissão Diocesana de Proteção de Menores continuam disponíveis para escutar todas as pessoas que tenham motivo de denúncia de abusos ou comportamentos inadequados” e que “tudo farão para assegurar um ambiente seguro para as crianças e para todos”.
A Comissão Diocesana, como deve acontecer com as restantes no país, irá ser reestruturada “de acordo com as novas indicações”.
O comunicado lembra, ainda, que a área geográfica da Diocese abrange apenas 13 municípios dos 21 que constituem o distrito de Santarém, e que apesar da CI ter estudado o período desde 1950 (72 anos), a diocese só foi criada em 1975, há 48 anos.