O Presidente russo, Vladimir Putin, diz que a tentativa de rebelião "falhou" e afirma que os mercenários do grupo Wagner "podem continuar a servir a pátria".
Num discurso ao país transmitido pela televisão, Putin descreve a revolta do fim de semana como um “passo criminoso” contra a Rússia.
Sem nunca mencionar o nome de Yevgeny Prigozhin, líder da Wagner, Putin referiu que os líderes do "motim" queriam que "a nossa sociedade se afogassem em sangue, mas falharam".
O Presidente russo considera que a maioria dos mercenários do grupo Wagner "são patriotas e fiéis à Rússia".
"Hoje podem continuar a servir a pátria fazendo um contrato com o Ministério da Defesa. Cada um dos mercenários pode escolher: ir para casa ou ir para a Bielorrússia", declarou Putin.
O Presidente russo agradeceu aos comandantes e soldados do grupo Wagner que evitaram um banho de sangue e acusa o Ocidente de instigar a revolta interna na Rússia.
Nesta mensagem aos russos, Putin disse que, durante a rebelião que chegou a 200 quilómetros de Moscovo, deu indicações "para que não fosse derramado sangue, para que os que cometeram o erro considerassem e tomasse consciência das consequências dessa aventura".
O líder russo convocou para esta segunda-feira uma reunião com os serviços de segurança. Altamente contestado por Prigozhin, o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, marca presença no encontro.
O discurso de cinco minutos do Presidente da Rússia acontece horas depois de Prigozhin quebrar o silêncio.
O líder do grupo Wagner garante que não marchou para Moscovo para derrubar a liderança da Rússia.
O objetivo foi "evitar a destruição do grupo Wagner e responsabilizar os oficiais que, através do seu comportamento incompetente cometeram vários erros", declarou.
Yevgeny Prigozhin adianta que o “grupo Wagner não aceitou assinar contrato” com o Kremlin, após a rebelião de sexta-feira que terminou no sábado.