Paul Manafort foi condenado esta quarta-feira a mais seis anos de cadeia.
O antigo conselheiro e dirigente de campanha de Donald Trump, que se deu como culpado de duas acusações de conspiração - nomeadamente de ter representado os interesses da Ucrânia sem licença para tal e de ter tentado influenciar testemunhas - vai ter de cumprir um total de sete anos e meio, uma vez que já tinha sido condenado previamente, por fraude fiscal, a uma pena de mais de três anos.
Uma parte das diferentes sentenças pode ser cumprida em simultâneo.
Trata-se de mais uma vitória para o procurador especial Robert Mueller, que tem dedicado os últimos dois anos a investigar ilegalidades alegadamente cometidas pela presidência de Donald Trump.
Manafort fez uma curta declaração antes da leitura da sentença, pedindo desculpa por "tudo" o que fez "e pelas atividades que nos conduziram a esta situação".
"Deixem-me ser muito claro. Aceito a responsabilidade pelos atos que me trouxeram até aqui", disse ainda Manafort, manifestando "vergonha" pelo sofrimento que causou.
Minutos antes de ser conhecida a sentença de Manafort, soube-se que o ex-diretor de campanha de Donald Trump foi indiciado por mais 16 crimes no Estado de Nova Iorque.
Caso venha a ser condenado também por estes crimes, a possibilidade de a sua pena ser comutada por Trump deixa de se colocar, uma vez que o Presidente apenas pode conceder indultos a pessoas a cumprir pena por crimes federais e não estaduais.
[Notícia atualizada às 17h20]