O Papa sublinhou nesta manhã de domingo que “a ajuda humanitária deve poder chegar a quem dela necessita e ninguém o pode impedir”.
A propósito de uma conferência internacional prevista para depois de amanhã, na Jordânia, sobre a situação humanitária em Gaza, Francisco encorajou a comunidade internacional “a agir urgentemente, com todos os meios para socorrer a população de Gaza, exausta pela guerra”.
A iniciativa foi convocada pelo Rei da Jordânia, Abdulah II, pelo Presidente do Egipto, Abdul Fatah Al-Sisi, e pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
No final do Angelus, o Papa também se referiu aos 10 anos da iniciativa que decorreu no Vaticano, em 2014, para invocar a paz na Terra Santa.
Nessa ocasião, o Santo Padre reuniu-se, nos jardins do Vaticano, para celebrar a paz com os antigos presidentes, o israelita Shimon Peres e o palestiniano Mahamoud Abbas.
“Aquele encontro testemunha que apertar a mão é possível e que é preciso coragem para fazer a paz; muito mais coragem do que para fazer a guerra”, comentou esta manhã o Santo Padre.
"Por isso, encorajo as negociações em curso entre as partes, que não são fáceis. E desejo que as propostas de paz para o cessar-fogo, em todas as frentes, e para a libertação dos reféns, sejam imediatamente aceites, para o bem de todos os palestinianos e israelitas."
A autêntica liberdade
Nas reflexões que fez antes da recitação do Angelus, o Papa falou da verdadeira liberdade. “Se nos deixarmos condicionar pela busca de prazer, poder, dinheiro ou aprovação, vamo-nos tornar escravos dessas coisas. Se, por outro lado, permitirmos que o amor gratuito de Deus preencha e expanda nosso coração, e se permitirmos que ele transborde espontaneamente, devolvendo-o aos outros, com todo o nosso ser, sem medos, cálculos ou condicionamentos, então cresceremos em liberdade”, afirmou.
E, para não deixar dúvidas, o Santo Padre lançou um conjunto de perguntas em jeito de reflexão: “Sou uma pessoa livre? Ou deixo-me aprisionar pelos mitos do dinheiro, do poder e do sucesso, sacrificando-lhes a serenidade e a paz, minha e dos outros? Espalho, nos ambientes em que vivo e trabalho, o ar fresco da liberdade, da sinceridade e da espontaneidade?”
No final da reflexão, Francisco pediu à Virgem Maria que “nos ajude a viver e amar como Jesus nos ensinou, na liberdade dos filhos de Deus”.