O Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou hoje um memorando que exclui os imigrantes ilegais dos cadernos eleitorais, apesar de o Supremo Tribunal ter permitido a sua inscrição no censo de 2020.
O Supremo Tribunal tinha travado as intenções do Governo norte-americano de colocar uma pergunta sobre cidadania no censo de 2020, depois de a oposição democrata ter criticado Trump por tentar excluir franjas de população do recenseamento.
Hoje, o Presidente assinou um memorando que determina que “o respeito pela lei e pela proteção da integridade do processo democrático justificam a exclusão de estrangeiros ilegais da base de rateio”.
O presidente do comité nacional do Partido Democrata, Tom Perez, já reagiu a esta decisão, criticando as intenções escondidas do Presidente.
“Não parece haver fim na agenda anti-imigração de Donald Trump. (…) Primeiro tentou colocar uma questão de cidadania no censo, mas foi bloqueado pelo Supremo Tribunal. Agora, volta com uma ordem inconstitucional, que não tem outro propósito senão silenciar e destituir vozes latinas e de comunidades de cor”, disse Perez.
De acordo com o Departamento de Censo dos EUA, no mês passado havia mais de 90 milhões de famílias que tinham respondido ao censo de 2020, a maioria através das plataformas ‘online’.
Os opositores à questão da cidadania no censo alegam que essa medida desencorajaria a participação de imigrantes ilegais, resultando em números imprecisos para uma contagem que determina a distribuição de fundos federais e de orçamentos estaduais.
Os esforços de Trump para excluir os imigrantes ilegais para o censo eleitoral, através de um memorando, deverá ser contestada judicialmente, depois de o Partido Democrata ter acusado o Presidente de tentar desencorajar a participação de imigrantes ilegais no processo de recenseamento, interferindo nos cadernos eleitorais das próximas eleições presidenciais, marcadas para dia 3 de novembro.