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Mohamed Lahouaiej Bouhlel é o nome completo do principal suspeito do atentado levado a cabo esta quinta-feira em Nice.
A alegada identificação deste tunisino encontrava-se no interior do camião que abalroou a multidão presente na Promenade des Anglais.
Tinha 31 anos e trabalhava como motorista de uma empresa de entregas. Terá estado pela última vez na Tunísia há quatro anos.
O suspeito era conhecido da polícia francesa por pequenos crimes que cometeu, mas não se encontrava sob suspeita das agências que fazem a vigilância e combate terrorista.
Segundo o ministro da Justiça francês, Jean-Jacques Urvoas, o motorista do camião foi condenado a seis meses de pena suspensa “na sequência de uma luta durante um acidente de trânsito” quando atirou uma palete contra outro condutor.
A sua casa foi revistada esta sexta-feira de manhã pela polícia francesa, onde foi apreendido “o computador e vários equipamentos telefónicos que estão a ser analisados”, explicou o procurador de Paris, François Molins. Alguns dos familiares foram presentes a interrogatório.
O camião foi alugado esta segunda-feira em Saint-Laurent-du-Var e devia ter sido devolvido até quarta-feira. No seu interior foram encontradas várias armas (uma 7.65, uma automática, uma Kalachnikov e uma M16), uma granada, oito paletes vazias e uma bicicleta.
Os serviços de segurança franceses estão a apurar qual a magnitude pretendida pelo terrorista com este ataque, tendo em conta que foram encontradas armas e munições na parte de trás do camião.
O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, referiu que as autoridades francesas estão a trabalhar na identificação do terrorista e determinar se ele tinha ajuda: “Vamos em primeiro lugar determinar se ele teve cúmplices. Estamos a lutar com todos os nossos meios para identificar o suspeito. Esta informação será divulgada pelo Ministério Público quando houver certezas”.
O condutor do camião disparou várias vezes sobre três polícias e percorreu 300 metros até ser neutralizado.
Uma fonte policial presente no local do atentado referiu que o camião “mudou de rota pelo menos uma vez”. A fonte acrescentou que o terrorista “procurou fazer o máximo de vítimas”.
Wassim Bouhel, outro dos polícias presentes no local, disse à televisão francesa iTele que o camião percorreu o trajecto em ziguezague: “Quase que morremos. Parecia uma alucinação. Com o camião em ziguezague não sabíamos para onde ele ia”.
[Notícia actualizada às 17h50]