O candidato do PSD à Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, acusou o seu adversário Fernando Medina de não gostar de ser escrutinado, dizendo que foi “um fiel porta-voz” de José Sócrates.
“O PS imprimiu uma estratégia de condicionamento que tem levado ao adormecimento social. Este é o momento de combater as ficções criadas e repetidas por uma esquerda socialista que condiciona, adormece. E tudo faz para limitar a ação da sociedade civil”, acusou Carlos Moedas, na sua intervenção no Fórum Nacional Autárquico do partido, que decorre durante esta tarde de sábado, em Faro.
Moedas recordou que o Congresso do PS decorre a poucas dezenas de quilómetros (em Portimão) e fez questão de traçar o que consideram serem os “anos-luz” que separam os dois partidos.
“O PSD sempre governou a pensar no país. O PS governa a pensar no partido. O PSD sempre governou a pensar a nas gerações futuras. O PS governa a pensar nas futuras eleições”, criticou.
O antigo comissário europeu defendeu que também ele se distingue do seu adversário socialista à autarquia da capital: “Fernando Medina veio ao Congresso do PS medir forças com os seus concorrentes. Eu estou aqui para ser Presidente da Câmara de Lisboa”, assegurou.
“Cabe-nos ser a voz de quem tem medo de levantar a voz por represálias socialistas”, afirmou.
O antigo secretário de Estado de Pedro Passos Coelho acusou os socialistas de não gostarem de “ser escrutinados”, centrando uma vez mais o ataque no seu adversário direto.
“Para Fernando Medina o escrutínio é sempre uma teoria da conspiração, uma cabala. E sabemos como acabaram as cabalas protagonizadas por José Sócrates, de quem Medina foi um fiel porta-voz e membro do Governo, em que, quando o país estava a cair, Medina estava a gritar por José Sócrates”, criticou.