Em nome de um mundo mais saudável e com respeito pelo ambiente, seis estudantes portugueses decidiram avançar com uma ação judicial no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em Estrasburgo.
Uma diligência responsabiliza 33 países, entre os quais Portugal, por alterações climáticas que consideram urgente travar.
“Se conseguirmos que os governos dos vários países ajam, conseguimos que a diferença seja realmente significativa. Todos juntos conseguimos fazer a diferença e não sozinhos”, afirma Martim Duarte, um dos subscritores, à Renascença.
“O que me choca mais é o facto de isto ser o começo e poder piorar de todas as formas. As alterações ambientais que estão agora a ocorrer afetam-nos em todas as áreas”, aponta, dando como exemplo “o risco de ficar sem casa”, a “qualidade de vida” e o facto de “o ar ser poluído e deixar-nos com problemas de saúde”.
“Pode ser um problema, não só de viver bem, mas um problema de sobrevivência”, sublinha o jovem de Leiria.
A irmã, Cláudia Duarte, de 21 anos e outra das subscritoras da ação, explica que foi em 2017 – quando os grandes incêndios atingiram o centro do país – que despertou para a necessidade de agir.
A ação interposta em tribunal foi sustentada por um conjunto de cientistas, mas o documento conta também com relatos dos seis jovens portugueses, com idades entre os 8 e os 21 anos.