Quer do ponto de vista sanitário, quer económico, os países da União Europeia discutem as medidas para contrariar a doença e os seus efeitos na economia. Os 27 têm vindo a apresentar os respectivos Planos de Recuperação e Resiliência e Portugal fê-lo esta manhã.
Em causa está um bolo total de 13,9 mil milhões de euros e o primeiro esboço do Plano foi entregue esta quinta-feira, em Bruxelas, pelo Primeiro-ministro. Segundo António Costa, a presidente da Comissão Europeia ficou “muito contente” por Portugal ter sido dos primeiros a entregar o plano. “Entregamos agora à Comissão Europeia e vamos trabalhando para que, assim que os recursos estejam disponíveis, possam começar a ser investidos e chegar à economia real”, disse o Primeiro-ministro. “É bom que a União Europeia veja que os países estão a trabalhar para corresponderem àquilo que é o esforço da União”, sublinhou.
Costa lembrou que este “não é um documento final, mas sim um plano em aberto, um debate que vai continuar interna e externamente”. O documento final terá que ser entregue em Abril do próximo ano.
A criação de respostas sociais, com a aposta no Serviço Nacional de Saúde e na habitação, e a promoção do emprego através de mais investimento e competências são as prioridades do Governo.
Na área da transição climática, o executivo português pretende alocar 1,03 mil milhões de euros à mobilidade sustentável, 865 milhões de euros à descarbonização e à ‘bieconomia’ e ainda 806 milhões de euros à eficiência energética e renováveis.
Já para atingir a transição digital, o Governo quer disponibilizar 1,5 mil milhões de euros para a reestruturação da administração pública, 650 milhões de euros para a inovação nas empresas e ainda 500 milhões de euros para a escola digital.