O presidente da CP, Carlos Gomes Nogueira, garante não ter intenção de passar a ter apenas um maquinista em cada comboio em circulação, uma das razões que, esta segunda-feira, levaram o pessoal do setor a cumprir uma greve que paralisou cerca de 85% das composições ferroviárias.
“Esta greve ultrapassa completamente a CP. A CP, enquanto operador público, reitera o compromisso assumido junto do Governo, do IMT – Instituto de Mobilidade e Transportes - e das organizações representativas dos trabalhadores de que pretende manter os dois agentes ao serviço nos seus comboios”, assegurou Carlos Gomes Nogueira, em conferência de imprensa.
O presidente da CP adianta que depositou no IMT um documento em que se compromete a operar os comboios sempre com um mínimo de dos funcionários, regularmente um maquinista e um revisor.
Mas será que a empresa pode um dia vir a mudar de ideias? Carlos Gomes Nogueira diz que não e que tal nem seria possível porque há uma norma depositada no IMT “que não pode ser revogada”.
A greve desta segunda-feira está a registar uma forte adesão. De acordo com a empresa, entre a meia noite e as 16h00 a adesão foi de 84%.