Durante décadas, o Papa Pio XII foi acusado de não se ter oposto a Hitler - depois de eleito Papa, em 1939, e antes, quando era núncio da Santa Sé na Alemanha. Um livro de um jornalista americano, Mark Riebling, vem agora desmentir frontalmente essa acusação, com base em dados novos. O livro chama-se “Igreja de Espiões: A Guerra Secreta do Papa contra Hitler” (mais pormenores aqui).
Quando era núncio na Alemanha, o Cardeal Pacelli queixou-se formalmente a Hitler, pelo menos, 25 vezes, entre 1933 e 1939. E também escreveu parte da encíclica de Pio XI que, em 1937, condenou o regime nazi.
Depois de se tornar Papa, Pacelli promoveu uma rede secreta de informações a partir da Alemanha, onde se contavam planos militares, que transmitiu aos Aliados. Pio XII autorizou, ainda, que jesuítas e dominicanos participassem em operações secretas contra o regime nazi. Incluindo o falhado atentado contra Hitler em 1944, pois entendia Pio XII que, neste caso, o tiranicídio era justificado à luz da doutrina da Igreja. Ou seja, tudo ao contrário do que foi propagandeado.