Nuno Morais Sarmento diz que Rui Rio, Santana Lopes e Marques Mendes são os nomes mais bem colocados para avançar para liderança do PSD e não esconde a identificação com as ideias do ex-autarca do Porto.
Sarmento elogia a posição de “ruptura democrática” de Rui Rio. Conheça esta e outras oito ideias fortes deixadas por Nuno Morais Sarmento, depois de Passos Coelho anunciar que não se recandidata à chefia do PSD.
Ao lado de Rui Rio
"Rui Rio tem assumido uma posição de ruptura. Uma ruptura democrática, mas quase de regime face à situação que actualmente vivemos. Revejo-me em muitas dessas posições de Rui Rio. Por isso, a minha coincidência, por isso o caminho que fizemos juntos. Por isso, uma probabilidade grande de voltarmos a fazer caminho juntos.”
Santana, Mendes e Rio são os nomes que se seguem
"De entre as candidaturas possíveis, devemos começar por conhecer as vontades de Pedro Santana Lopes, Marques Mendes e Rui Rio. Porque fruto da intervenção passada, das expectativas que conheço dos militantes, são nomes incontornáveis para o futuro do PSD.”
Mais próximo de Rio do que de Santana ou Mendes
"De entre estes militantes cuja opinião todos conhecemos, revejo-me e tenho coincidido na análise e na leitura de futuro para o PSD em muitas posições defendidas por Rui Rio. Daí ter sido o autor do prefacio do livro que Rui Rio publicou com um balanço e pistas claras para o futuro.”
Montenegro ou José Eduardo Martins não são tão fortes como os outros
"Existem outras [hipóteses] e muito se tem falado de Luís Montenegro, José Eduardo Martins, Pedro Duarte e até de outros militantes. Penso que poderão corporizar soluções de liderança para o PSD, mas parece-me que os militantes revêem-se de uma forma mais clara nos três nomes que falei [Santana, Mendes e Rio] do que em outro protocandidato que venha a aparecer.”
Sarmento fora da corrida à liderança
"O partido não conhece uma necessidade por falta de quem corporize ideias, correntes ou propostas alternativas. Pelo contrário, existem várias alternativas de liderança. Nuno Morais Sarmento não é um nome a considerar para o próximo congresso do PSD.”
… mas disponível para regressar como dirigente do PSD
"Uma vez apresentadas as alternativas, uma vez feita escolha, a minha disponibilidade é para um maior envolvimento no PSD. Não é para trocar a prioridade que sempre tive clara por uma vida profissional na sociedade civil por uma carreira de aparelho no PSD. Colaborar mais, estar presente, participar activamente na vida dos órgãos do PSD. Participar como dirigente do PSD não é nada que afaste, antes pelo contrário.”
PSD tem que recentrar-se: não é um partido de direita
"O PSD nunca foi um partido de direita. Nasce com um partido de centro-esquerda. Um partido de centro que, por facilitação de catalogação política, ultimamente surge, sem reacção do próprio partido, como um partido de direita no espectro politico português. PSD tem que reencontrar em 2017 a matriz personalista e humanista com que Sá Carneiro funda o PSD em 1974.”
PSD tem que reflectir sobre a sua existência
"O PSD é simultaneamente um dos partidos mais centrais e mais frágeis da democracia portuguesa. Por isso, um resultado como o destas eleições deve fazer o partido reflectir sobre a sua existência, sobre os riscos que enfrenta, sobre o seu posicionamento como partido, de direita, centro ou de esquerda e consequentemente redefinir uma estratégia política.”
Respeito a Passos pela vitória nas legislativas explica “passividade”
"Sinto que o PSD tem uma relação de agradecimento e respeito para com Pedro Passos Coelho. Essa é a minha opinião também. Isso justifica um caminho particular que o PSD fez desde as eleições legislativas em que, independentemente de algumas vozes individuais, o PSD guardou um silêncio e uma passividade de alguma forma até este momento e que se deve a esta situação particular.”