O Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, afirmou esta terça-feira que Teerão responderá "ferozmente" à "mais pequena ação" de Israel contra os seus interesses, após o ataque de sábado contra território israelita, em retaliação pelo bombardeamento do consulado iraniano em Damasco.
O Presidente iraniano afirmou que "contrariamente às expectativas de todos os combatentes da liberdade e das nações livres, e também contrariamente aos textos explícitos do Direito Internacional, as Nações Unidas e o Conselho de Segurança não cumpriram os seus deveres legais mínimos ao condenar o ataque ao consulado iraniano em Damasco".
Raisi criticou o "fracasso" e a "inação" da comunidade internacional face aos "crimes dos sionistas" na Faixa de Gaza e defendeu que esta situação levou o Irão, "de acordo com o seu direito à autodefesa", a "conceber e executar uma operação contra as bases que levaram a cabo atos malignos" contra o Irão, em referência ao bombardeamento do consulado na capital síria, que resultou na morte de sete membros dos Guardas da Revolução.
O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 drones (aparelhos aéreos não tripulados), mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.
Teerão justificou o ataque com uma medida de autodefesa, argumentando que a ação militar foi uma resposta "à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco (Síria), ocorrida a 01 de abril e marcada pela morte de sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.
A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irão a Israel, apelando à máxima contenção, de forma a evitar uma escalada da violência no Médio Oriente, região já fortemente instável devido à guerra em curso há mais de seis meses entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.