"O Capitólio está seguro" foi o anúncio emitido em alta voz esta quarta-feira à noite num local seguro dentro do edifício onde se encontravam os membros da Câmara dos Representantes, que reagiram com um aplauso.
A invasão do Capitólio durante a tarde obrigou à interrupção da sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA.
Os representantes e senadores foram levados para locais seguros dentro do complexo do Capitólio e em Washington, após milhares de apoiantes do Presidente cessante, Donald Trump, invadirem o edifício e entrarem em confronto com a polícia.
Os legisladores afirmaram que irão retomar a sessão de ratificação dos votos do Colégio Eleitoral logo que seja seguro fazê-lo.
Durante os distúrbios, uma mulher morreu depois de ter sido baleada e 13 pessoas foram detidas 13 pessoas por terem invadido um espaço que lhes estava vedado.
A polícia metropolitana foi enviada para o Capitólio e os serviços de segurança do Congresso foram auxiliados por agentes estaduais que vieram de Maryland, Virgínia e New Jersey, bem como pela Guarda Nacional e por agentes dos serviços secretos (em particular por causa da presença do vice-Presidente, Mike Pence, que estava a liderar, por inerência, os trabalhos no Senado).
Milhares de manifestantes tinham-se reunido hoje em Washington, protestando e contestando a vitória do democrata Joe Biden.
Num comício em frente à Casa Branca, Trump pediu aos manifestantes para se dirigirem para o Capitólio e fazer ouvir a sua voz, em protesto do que considera ser uma "fraude eleitoral", tendo mesmo dito que "nunca" aceitaria a sua derrota nas eleições de 03 de novembro.
Os manifestantes obedeceram ao comando do Presidente cessante e dirigiram-se para o Capitólio, tendo mesmo invadido o edifício e obrigando agentes policiais a dispararem tiros, um dos quais feriu com gravidade uma mulher, e a usar gás lacrimogéneo (depois de fornecer máscaras de gás aos legisladores que foram sendo retirados do local).