O ministro da Economia considerou esta quinta-feira que qualquer erro a lidar com a inflação “pode ter consequências dramáticas”, como aconteceu no passado, e que se deve procurar um equilíbrio entre as políticas monetária e orçamental.
“A inflação é das variáveis económicas mais complexas e mais difíceis com que temos de lidar. […] Qualquer erro pode ter consequências dramáticas, como aconteceu no passado”, afirmou o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, que está a ser ouvido na Assembleia da República, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).
O ministro defendeu que, num contexto de taxa de inflação alta, é necessário procurar o equilíbrio entre as políticas monetária e orçamental.
Na quarta-feira, o INE divulgou que a taxa de inflação foi de 7,2% em abril, acima dos 5,3% do mês anterior e o valor mais alto desde março de 1993.
Costa Silva realçou que se trata de uma “inflação importada”, uma vez tem a ver, em grande parte, com o aumento dos custos de energia e de bens alimentares.
O ministro considerou, porém, que, “apesar das grandes dificuldades” que a economia atravessa, há “sinais” que “dão alguma esperança”.
“O que se passa no turismo é motivo de grande regozijo”, apontou Costa Silva, referindo que há mesmo mercados que estão a crescer comparativamente a 2019, o melhor ano turístico para Portugal.
Noutro plano, Costa Silva disse que o investimento estrangeiro e o turismo podem ajudar Portugal a dar a volta à crise, destacando os indicadores positivos do investimento estrangeiro do inicío deste ano.