Irão. Autoridades reconhecem que pandemia está a alastrar
06-07-2020 - 13:34

País registou 160 mortes e 2.613 novos casos de infeção nas últimas 24 horas. O Irão, que anunciou os primeiros casos de contaminação em fevereiro, é o país mais afetado pela pandemia no Médio Oriente.

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O Irão registou esta segunda-feira 160 novas mortes com covid-19, um número muito próximo do recorde de mortalidade diária, atingida no domingo, e as autoridades reconhecem que pandemia está a aumentar no país.

O balanço das últimas 24 horas eleva para 11.731 o número total de mortes com o novo coronavírus no Irão desde o início da pandemia, segundo o porta-voz do Ministério da Saúde iraniano, Cima Sadat Lari.

No domingo, Lari anunciou um número recorde de mortes num só dia, com 163 óbitos, superando o recorde anterior (162), que tinha sido registado há menos de uma semana.

De acordo com dados oficiais, cuja fiabilidade é contestada por especialistas estrangeiros, a propagação do novo coronavírus no país está a aumentar desde o início de maio.

Nas últimas 24 horas registaram-se ainda 2.613 novos casos de infeção com o novo coronavírus, elevando o número total para 243.051.

O Irão, que anunciou os primeiros casos de contaminação em fevereiro, é o país mais afetado pela pandemia no Médio Oriente.

Para combater a propagação da doença, o Governo iraniano anunciou a sua intenção de reforçar, desde domingo, a obrigação do uso de máscara em locais públicos fechados (lojas, transportes públicos, etc.).

A televisão estatal, cujos apresentadores começaram a usar máscara, começou a emitir de forma repetida a mensagem que apela ao uso de proteção facial e de necessidade de distanciamento social e de medidas de higiene.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 531 mil mortos e infetou mais de 11,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.