O Hospital de Vila Franca de Xira garante que não tem falta de macas e lamenta a carta aberta escrita por 12 corporações de bombeiros da região sobre alegadas dificuldades naquela unidade hospitalar.
Em declarações à Renascença, o presidente do Conselho de Administração da unidade, Carlos Andrade Costa, diz ter ficado surpreendido com a missiva e “com esta atitude”.
“Quando se quer seriamente resolver problemas, não se faz uma carta aberta, entra-se em contacto com a entidade e procura-se dialogar”, afirma Carlos Andrade Costa, assegurando: “Nunca tivemos nenhum pedido de reunião, nenhuma situação de contacto direto."
Nestas declarações à Renascença, Andrade Costa assegura que “não há falta de material, não há falta de recursos”, mas que “há equipas, em termos de recursos humanos, que estão muito assoberbadas de trabalho”.
Sobre as dificuldades e demoras sentidas, o presidente do Conselho de Administração refere que “segunda-feira é um dia sempre é muito sobrecarregado nos hospitais” e com uma afluência maior própria do inverno.
“No inverno às vezes é preciso esperar um pouco mais para se poder devolver as macas porque as equipas estão ocupadas com outros doentes que têm um quadro clínico mais severo” argumenta.
Carlos Andrade Costa lembra também que “ainda estamos sob o maciço impacto da pandemia no funcionamento dos hospitais”.
“É preciso também ter um pouco de compreensão e um pouco de respeito por profissionais que estão há um ano e meio quase dois anos a trabalhar num quadro de intervenção clínica bastante exigente”, diz.
A Renascença esteve esta quarta-feira de manhã no Hospital e, ao que apurou, às 8h00 da manhã já não existiam macas disponíveis, uma situação de Carlos Andrade Costa nega.
“Havia macas disponíveis. Não havia muitas, mas havia macas disponíveis, até porque durante este verão o atual Conselho de Administração do Hospital de Vila Franca de Xira entendeu que devia reforçar o número de macas”, assegura.