Será que faz sentido vestirmos os nossos animais? Será que eles sentem frio como nós? É que ainda há bem pouco tempo todos saíamos de casa com os nossos cães pela trela com um frio de rachar e não me parece que eles sofressem por aí além. Senão o quê que seria dos pobres coitados que vivem longos invernos sob temperaturas negativas?
Por isso, isto de vestir animais de estimação é uma tendência. E onde é que ela surgiu?
No Reino Unido os números explicam: nove milhões de cães e oito milhões de gatos fazem parte da família em terras de Sua Majestade e as quantias em dinheiro gastas com os bichos são, no mínimo, reveladoras.
Os britânicos gastam 10 mil milhões de libras por ano em comida para cão. E oito mil milhões em alimentação para gatos.
Um em cada três inquiridos em 2017 pela empresa de sondagens Harris Interactive admite reduziu a sua própria parcela no orçamento familiar a favor da qualidade da alimentação do seu animal.
Então e as roupas, isso nem se fala. 200 libras por ano, será mais ou menos este o valor que os britânicos estão a gastar em roupa para cães e gatos. Um em cada cinco admite mesmo que gasta 20 libras em roupas por mês.
A febre é tal, que há mesmo um dia nacional de vestir o seu animal de estimação. 14 de janeiro, já agora, se quiser anotar na agenda pode engalanar o seu cão para sair à rua bonito, como o dono ou como a dona.
E, claro, animais que vestem roupa vão sujá-la. E se vão sujá-la, o melhor é lavar senão é um cheiro que não se aguenta.
E para quem não se quer meter em trabalhos em casa, mais vale ir a uma lavandaria self-service. Não desgasta a sua máquina lá de casa, é certo. Mas sai-lhe mais caro.
A DECO fez um estudo que conclui que uma ida à lavandaria automática para tratar 16 kg de roupa vale três lavagens e secagens em casa.
Tendo em conta que uma máquina de lavar e secar custa à volta de 650 euros, isso representa 216 utilizações de lavandaria self-service.
Contas que vale a pena fazer, sobretudo nesta altura do ano, em que é mais provável ter chuva e frio do que sol e calor.
O tempo não está lá grande coisa para secar a roupa. Nem a sua e, já agora, nem a do seu animal de estimação.