Caças F-16 neerlandeses descolaram esta segunda-feira de manhã para intercetar dois bombardeiros russos que se dirigiam para o espaço aéreo do país, e consequentemente da NATO, e que foram detetados pela Dinamarca, divulgaram os Países Baixos.
As aeronaves russas acabaram “por dar a volta”, afastando-se do espaço aéreo da Aliança Atlântica, informou o Governo neerlandês.
Num comunicado, o Ministério da Defesa dos Países Baixos explicou que os dois F-16 da Força Aérea neerlandesa descolaram esta segunda-feira de manhã para “intercetar dois bombardeiros russos que voavam em direção ao espaço aéreo” do país, precisando que o destacamento dos dois caças surgiu na sequência do chamado Alerta de Reação Rápida, acionado às 07h19 locais (06h19 em Lisboa).
“Isto não acontece muitas vezes, mas o incidente de segunda-feira demonstra a importância de uma intervenção rápida. Os F-16 estão de prontidão 24 horas por dia e podem descolar em poucos minutos e intercetar um avião não identificado”, afirmou o ministério neerlandês.
Em reação, o Ministério da Defesa da Rússia indica que os bombardeiros desempenhavam "voos de rotina" em águas internacionais do Oceano Ártico e que "todos os voos voos cumprem os regulamentos internacionais".
Os bombardeiros russos foram detetados e intercetados pelas forças dinamarquesas e já “voltaram para trás”, afastando-se do território dos aliados da NATO, enquanto os F-16 neerlandeses regressaram e aterraram na base aérea de Volkel, “prontos a proteger a área de responsabilidade” dos Países Baixos, acrescentou a mesma nota informativa.
Ao abrigo de um acordo de policiamento aéreo da NATO, desde janeiro de 2017, que os Países Baixos e a Bélgica assumem alternadamente, e durante um período de quatro meses, a tarefa de proteger o espaço aéreo de toda a zona do Benelux, que inclui o Luxemburgo. As forças neerlandesas estão a assumir esta função desde meados de abril.
[notícia atualizada às 15h46]