Joanesburgo a ferro e fogo após adolescente com deficiência ter sido morto pela polícia
27-08-2020 - 23:19
 • Renascença com Lusa

Rapaz de 16 anos foi abatido a tiro por uma por uma patrulha policial. Manifestantes queimaram pneus e estabeleceram barricadas, polícia interveio com gás lacrimogéneo e balas de borracha.

Vários protestos decorreram esta quinta-feira num subúrbio de Joanesburgo, na África do Sul, devido à morte de um adolescente de 16 anos portador de deficiência, morto na quarta-feira pela polícia local.

No Parque Eldorado, no sul de Joanesburgo, a polícia interveio com gás lacrimogéneo, granadas com efeito sonoro e balas de borracha para dispersar as centenas de manifestantes, segundo a agência France-Presse.

De acordo com a mesma fonte, os manifestantes queimaram pneus e estabeleceram barricadas nas ruas, tendo atirado pedras contra a polícia e danificado uma esquadra.

Os protestos surgiram depois da morte de um rapaz de 16 anos. De acordo com a irmã da vítima mortal, aquele não pôde responder às questões colocadas pela polícia devido à sua deficiência.

Segundo a irmã, "eles [a polícia] abateram-no num só tiro", sem aviso prévio, por volta das 20h30 locais (19h30 em Lisboa).

A irmã do adolescente acrescentou que este tinha ido comprar bolachas e ia brincar com outros jovens, quando foi abordado por uma patrulha policial, tendo vindo a morrer mais tarde, já num hospital.

A porta-voz da polícia, Mathapelo Peters, disse numa declaração que a polícia foi destacada para o Parque Eldorado "na sequência de violentos ataques de residentes, que acusaram a polícia de alvejar um rapaz de 16 anos na noite de quarta-feira".

De acordo com a AFP, o corpo de fiscalização da polícia está a investigar a morte do adolescente.