Sobe para 22 número de mortos em tiroteio no Texas. Trump promete mudanças
05-08-2019 - 17:32
 • Renascença

Donald Trump anunciou pacote de medidas para prevenir massacres, sendo que um dos pontos é relativo ao controlo de armas. Porém, o Presidente associou esta futura legislação à reforma da imigração.

Há mais duas vítimas mortais resultantes do tiroteio de sábado passado junto a um centro comercial em El Paso, nos Estados Unidos, após duas das pessoas que se encontravam hospitalizadas terem morrido esta segunda-feira.

Ao início do dia, já durante a tarde em Lisboa, a polícia da cidade texana anunciou que um dos feridos graves tinha sucumbido aos ferimentos. Pouco depois, o médico Stephen Flaherty, do centro de saúde Del Sol, indicou que forram dois os feridos em estado grave que morreram.

Sobe assim para 22 o número de mortos, a maioria de ascendência mexicana, havendo ainda a registar mais de 20 feridos.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a discursar esta segunda-feira sobre o tema, condenando a “supremacia branca” e elencando quatro medidas para evitar a repetição de atos deste género. As medidas são apresentadas depois de dois candidatos democratas à presidência dos EUA, Beto O'Rourke e Pete Buttigieg, considerem as políticas anti-emigração de Trump como uma das motivações para o tiroteio.

“A uma só voz, a nossa nação tem de condenar o racismo, o fanatismo e a supremacia branca. Estas ideologias sinistras têm de ser derrotadas. Não há lugar na América para o ódio, que distorce a mente, devasta o coração e devora alma”, disse o Presidente, que falou num “crime contra a Humanidade”.

Depois, Trump apresentou as medidas: quer uma parceria entre Estado e as empresas de redes sociais para “desenvolver ferramentas” que possam antecipar ataques de atiradores, diminuir a “glorificação da violência” patente na indústria dos videojogos violentos e “reformar as leis de saúde mental”, para que se possam identificar previamente indivíduos com propensão para a violência.

Por último, pediu ao Congresso que aprove legislação que promova um maior controlo das armas para quem represente “um grave risco para a segurança pública”, com uma “mais forte verificação de antecedentes”. Porém, acrescentou que seria apropriado casar essa lei “com a tão necessária reforma da imigração”.

O presidente da Câmara de El Paso, Dee Margo, anunciou que Donald Trump vai visitar a cidade na quarta-feira, quatro dias depois do ataque que matou 22 pessoas.

Foi detido um suspeito do ataque, um homem com idade a rondar os 20 anos, oriundo de Allen, no Texas. As motivações ainda não são conhecidas, mas o atirador terá publicado um manifesto nas redes sociais que indicia um crime de ódio, admitiu a polícia em conferência de imprensa.

Além do atentado em El Paso, houve outro tiroteio nos Estados Unidos este fim de semana, em Dayton, no Ohio, num ataque que vitimou pelo menos nove pessoas.

[notícia atualizada às 00h25]