23 de janeiro de 2013: é anunciado o referendo
O primeiro-ministro David Cameron anuncia que, se os conservadores vencerem as eleições que se aproximam, realizar-se-á um referendo onde, de forma muito simples, os britânicos poderão dizer se querem ficar ou sair da União Europeia.
8 de maio de 2015: Conservadores vencem as eleições gerais
Dando um salto rápido no tempo, os conservadores ganham as eleições e Ed Miliband deixa a liderança do Partido Trabalhista.
20 de fevereiro de 2016: David Cameron define data de referendo
Depois de terminar novas negociações sobre o relacionamento do Reino Unido com a União Europeia, David Cameron anuncia que o referendo prometido será feito a 23 de junho de 2016.
23 de junho de 2016: o Reino Unido vota para deixar a UE
Faz-se o referendo e 52% dos votantes revela-se a favor da saída do Reino Unido. David Cameron apresenta a sua demissão do cargo de primeiro-ministro.
13 de julho de 2016: Theresa May escolhida para primeira-ministra
Theresa May torna-se a nova primeira-ministra do Reino Unido e promete liderar um governo de "uma nação" que funciona para todos, não apenas para os "poucos privilegiados".
2 de outubro de 2016: Theresa May anuncia a data do Brexit
A primeiro-ministra Theresa May anuncia que o Reino Unido deixará a UE em 29 de março de 2019.
Em Portugal, a Renascença já lançava o debate: “E se o Reino Unido acabar por não sair da UE?”
29 de março de 2017: o artigo 50 é acionado
O processo de deixar a EU é oficialmente iniciado, ao ser acionado o Artigo 50. Começa a contagem decrescente de dois anos para o Brexit.
18 de abril de 2017: Outra eleição geral é anunciada
A primeira-ministra Theresa May convoca inesperadamente uma eleição geral para junho. As sondagens preveem uma vitoria fácil do Partido Conservador.
8 de junho de 2017: eleições revelam resultado surpreendente
É um resultado inesperado. O Partido Conservador perde a maioria na Câmara dos Comuns, o que torna muito mais difícil para Theresa May aprovar leis futuras.
8 de dezembro de 2017: A primeira fase das conversas do Brexit termina
Um acordo de última hora entre a União Europeia e o Reino Unido é alcançado.
O documento diz que não haverá "fronteiras rígidas" entre o Reino Unido e a Irlanda, os direitos dos cidadãos da UE no Reino Unido e cidadãos britânicos na UE serão protegidos e o chamado "projeto de divórcio" custará cerca de 39 mil milhões de libras.
9 de julho de 2018: Demissões do Gabinete
Um dia depois da demissão do secretário da Brexit, David Davis, o ministro das Relações Exteriores Boris Johnson também abandona o cargo. As duas saídas estão relacionadas com o o "plano Cheqeurs" de Theresa May para deixar a UE.
14 de novembro de 2018: Reino Unido e UE aceitam acordo de retirada
Theresa May concorda com o texto do acordo de saída, mas o documento não é bem-recebido no Reino Unido.
12 de dezembro de 2018: Theresa May vence sem confiança
Os deputados conservadores, descontentes com o desempenho da primeira-ministra, lançam uma moção de censura a Theresa May, como líder do partido. May ganha por 200 a 117.
16 de janeiro de 2019: Primeiro chumbo do acordo, mas Theresa May vence outra moção de censura
Theresa May enfrenta nova moção de censura, desta vez no Parlamento, já depois de os deputados terem rejeitado o acordo para o Brexit alcançado pela primeira-ministra. May vence novamente - desta vez entre 325 e 306.
18 de fevereiro de 2019: alguns deputados deixam os seus partidos
Sete deputados trabalhistas deixaram o partido por causa de questões que incluem o Brexit. Nos dias seguintes, outro trabalhista e três deputados conservadores seguem o mesmo rumo.
24-25 de fevereiro de 2019: Theresa May fala com os líderes da UE na cimeira de Sharm-el Sheikh
Depois de uma reunião de topo de dois dias no Egito, Theresa May disse que sentiu uma "determinação real" dos líderes da UE em encontrar uma "maneira suave e ordeira [de sair] com um acordo".
10 de março de 2019: Primeira-ministra anuncia mudanças legais
A primeira-ministra volta de uma reunião em Estrasburgo com a notícia de que foram feitas algumas "mudanças legais" na proposta para o Brexit. A alteração mais significativa centra-se na fronteira entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda.
12 de março de 2019: Segundo chumbo ao acordo do Brexit
A 16 dias da data de saída da União Europeia, os deputados rejeitaram pela segunda vez a proposta de Theresa May para o Brexit.
21 de março de 2019: prolongamento do Brexit
A poucos dias para a data da saída da UE, os 27 concedem um prolongamento. A nova data aponta para 22 de maio como data de saída, se Londres aprovar entretanto o acordo alcançado entre May e Bruxelas.
10 de abril de 2019: terceiro chumbo do acordo
A falta de acordo entre os parlamentares de Westminster e as intrigas internas do partido conservador impossibilitam uma aprovação do acordo de saída. May pede mais tempo aos membros da União Europeia. A primeira-ministra britânica viaja para Berlim e Paris para convencer Merkel e Macron. No fim dos encontros, a União Europeia adia pela segunda vez, o Brexit. Desta vez até 31 de outubro deste ano.
21 de maio de 2019: Nova derrota de May no Parlamento
Theresa May propõe aos deputados a possibilidade de votarem sobre a realização de um novo referendo na condição de aprovarem o Acordo de Saída. Muitos conservadores e o Partido Trabalhista rejeitam a proposta.
24 de maio de 2019: Theresa May demite-se
A primeira-ministra anuncia que se demite da liderança do Partido Conservador.
7 junho de 2019: Theresa May deixa liderança do Partido Conservador
Theresa May renuncia ao cargo de líder do Partido Conservador, admitindo ter falhado no processo de negociação do Brexit com o Parlamento britânico e com Bruxelas, abrindo caminho a eleições no seu partido.
24 julho de junho: Boris Johnson é o novo primeiro-ministro
Boris Johnson toma posse como primeiro-ministro, após ter vencido as eleições internas no Partido Conservador, e deixa claro que o Reino Unido sairá da União Europeia em 31 de outubro, com ou sem acordo.
27 agosto de 2019: Oposição procura forma de travar um "no-deal"
Líderes de partidos de oposição a Boris Johnson reúnem para discutir formas de travar o cenário de Boris Johnson propor uma saída da União Europeia sem acordo.
3 de setembro de 2019: Deputados britânicos regressam ao parlamento
Os membros da Câmara dos Comuns do Reino Unido regressam do intervalo de férias parlamentares de verão.
10 de setembro de 2019: Parlamento é suspenso
Início da suspensão do Parlamento, pedido por Boris Johnson e aceite pela Rainha.
14 de outubro de 2019: Fim da suspensão do Parlamento
Discurso da Rainha ao Parlamento britânico, com o fim da suspensão dos trabalhos da Câmara.
15 de outubro de 2019: UE discute o Brexit
Ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros da União Europeia reúnem-se no Luxemburgo, para discutir o Brexit.
17 e 18 de outubro de 2019: Reunião do primeiro-ministro britânico com os seus congéneres europeus
Líderes de Governo dos países da União Europeia reúnem com Boris Johnson, para tratar dos termos da saída do Reino Unido.
19 de outubro de 2019: Johnson pede novo adiamento
Câmara dos Comuns reuniu-se para debater e votar o acordo para o Brexit que Boris Johnson, negociou com Bruxelas. Johnson pede à União Europeia uma extensão do prazo de saída até 31 de janeiro de 2020.
21 a 24 de outubro de 2019: Deputados britânicos deixam Parlamento Europeu
Parlamento Europeu reúne em Estrasburgo, pela última vez antes do Brexit, assinalando a saída dos representantes do Reino Unido.
28 de outubro de 2019: UE aceita adiamento do Brexit
Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, comunica a aceitação da União Europeia relativamente a um novo adiamento do Brexit para 31 de janeiro de 2020.
29 de outubro: Marcação de eleições no Reino Unido para 12 de dezembro
Com 438 votos a favor e apenas 20 contra, a Câmara dos Comuns decide agendar eleições legislativas antecipadas para o dia 12 de dezembro.
12 de dezembro: Boris vence eleições com maioria absoluta
O Partido Conservador conquistou um total de 365 lugares na Câmara dos Comuns. O Partido Trabalhista sofreu a maior derrota desde 1935. Não foi além dos 203 deputados.
13 de dezembro: Johnson garante Brexit a 31 de janeiro
No discurso de vitória após as eleições. Boris Johnson garante que a saída da União Europeia vai acontecer até ao fim do mês de janeiro de 2020.
20 de dezembro: Fim do impasse de vários anos, Parlamento britânico aprova acordo de saída
O Parlamento do Reino Unido aprovou o plano do primeiro-ministro, Boris Johnson, para a retirada do Reino Unido da União Europeia a 31 de janeiro. O documento recebeu luz verde depois de um impasse de vários anos.
29 de janeiro de 2020: Parlamento Europeu ratifica acordo do Brexit
Com 621 votos a favor e 49 contra, foi ultrapassada a última formalidade antes de se concretizar a saída dos britânicos.
31 de janeiro de 2020: Brexit acontece
O Reino Unido deixa de pertencer à União Europeia, embora continue a fazer parte do mercado único e da união aduaneira até ao final deste ano. Ao longo dos próximos meses, Londres e Bruxelas tentarão alcançar um acordo que defina os trâmites do seu futuro relacionamento.
[atualizado a 31 de janeiro de 2020]