No dia em que se ficou a saber que José Manuel Durão Barroso vai assumir o cargo de “chairman” do banco de investimento Goldman Sachs International, o ex-presidente da Comissao Europeia deu uma entrevista ao britânico “Financial Times” onde garante que se os seus “conselhos puderem ser úteis” para “mitigar os efeitos negativos do Brexit” então estará “pronto para contribuir”.
"Claro que conheço bem a União Europeia e também conheço relativamente bem o Reino Unido. Se os meus conselhos puderem ser úteis nestas circunstâncias estou pronto para contribuir", declarou.
Durão Barroso disse ainda não saber “exactamente” qual será o resultado das negociações para a saída do Reino Unido da União Europeia, sendo que o “passporting”, o reconhecimento na UE das licença bancárias reconhecidas no Reino Unido poderá ser uma das partes mais “difíceis e sensíveis” no processo de negociação.
"Tenho a certeza é que será inteligente ter uma negociação justa dos dois lados, pois ninguém ganha com confrontos", rematou.
Durão Barroso vai ser presidente não-executivo e consultor da Goldman Sachs International. Com sede em Londres, a GSI é a maior subsidiária da instituição. A nomeação de Durão Barroso já foi sujeita à aprovação dos vários reguladores financeiros britânicos, incluindo o Banco de Inglaterra.
Durão Barroso passará ainda este mês a ser presidente não-executivo deste que é um dos maiores bancos de investimento do mundo, a par do J.P. Morgan.