Sofia Fava, a ex-mulher de José Sócrates, é a 14.ª arguida da "Operação Marquês", confirmou à Renascença fonte da Procuradoria-geral da República.
Foi ouvida quarta-feira no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) pelo procurador Rosário Teixeira e por elementos da Autoridade Tributária. Ficou sujeita a termo de identidade e residência.
Sofia Fava é suspeita dos crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
Segundo uma notícia do "Correio da Manhã", a ex-mulher de Sócrates seria alegadamente uma das destinatárias do dinheiro do ex-primeiro-ministro através de Carlos Santos Silva, arguido no mesmo processo.
Entre Junho de 2012 e Julho de 2013,houve transferências para Sofia Fava, de uma conta de Sócrates na CGD, no valor total de 115 mil euros.
O 13.º arguido é Helder Bataglia. A constituição do empresário luso-angolano como arguido está relacionada com as suspeitas dos investigadores relativamente ao empreendimento Vale do Lobo, Algarve, e à sua aprovação numa altura em que Sócrates era chefe do Governo.
José Sócrates é um dos 14 arguidos da "Operação Marquês", tendo sido detido a 21 de Novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito. Esteve preso preventivamente mais de nove meses, tendo esta medida de coacção sido alterada para prisão domiciliária, com vigilância policial, a 4 de Setembro de 2015.
Desde Outubro que está em liberdade, mas estava proibido de se ausentar de Portugal sem autorização judicial, de contactar com outros arguidos do processo e com Termo de Identidade e Residência (TIR), medida de coacção que é comum a qualquer arguido.
O Ministério Público fixou 15 de Setembro como prazo limite para que o Ministério Público conclua o inquérito.
[notícia actualizada às 9h52]